A Bíblia é um registro histórico da obra de Deus em Israel e documenta muitas das predições dos profetas antigos, bem como algumas das declarações de Jeová em Sua obra naquele tempo. Assim, todas as pessoas consideram esse livro como santo (pois Deus é santo e grandioso). Naturalmente, tudo isso é um resultado de sua reverência por Jeová e sua adoração por Deus. As pessoas se referem a esse livro dessa maneira apenas porque as criações de Deus são tão reverentes e adoradoras do seu Criador, e existem até aqueles que chamam esse livro de um livro celestial. Na verdade, é meramente um registro humano. Não foi nomeado pessoalmente por Jeová, nem Jeová pessoalmente guiou sua criação. Em outras palavras, o autor desse livro não é Deus, mas os homens. A Bíblia Sagrada é apenas o título respeitoso que lhe é dado pelo homem. Esse título não foi decidido por Jeová e Jesus depois que discutiram entre Si; não é mais do que uma ideia humana. Pois esse livro não foi escrito por Jeová e muito menos por Jesus. Em vez disso, são os relatos dados por muitos profetas antigos, apóstolos e videntes, que foram compilados por gerações posteriores em um livro de escritos antigos que, para as pessoas, parece especialmente sagrado, um livro que eles acreditam conter muitos mistérios insondáveis e profundos que estão esperando para serem desvendados pelas gerações futuras. Como tal, as pessoas estão ainda mais predispostas a acreditar que esse livro é um livro celestial. Com a adição dos Quatro Evangelhos e do Livro do Apocalipse, a atitude das pessoas em relação a ele é particularmente diferente da que têm em relação a qualquer outro livro e, portanto, ninguém se atreve a dissecar esse “livro celestial” porque é “sagrado” demais.
Por que, assim que leem a Bíblia, as pessoas são capazes de encontrar nela uma senda adequada para a prática? Por que elas são capazes de ganhar muito do que lhes era incompreensível? Hoje, Eu estou dissecando a Bíblia dessa maneira e isso não significa que a odeio ou negue seu valor como referência. Estou lhe explicando e esclarecendo o valor inerente e as origens da Bíblia, para impedir que você seja mantido no escuro. Pois as pessoas têm muitas visões sobre a Bíblia e a maioria delas está errada; ler a Bíblia dessa forma não só as impede de ganhar o que devem, mas, mais importante ainda, dificulta a obra que pretendo realizar. Isso interfere tremendamente na obra do futuro e oferece apenas inconvenientes, não vantagens. Assim, o que ensino a você é simplesmente a substância e a história interna da Bíblia. Não estou pedindo que você não leia a Bíblia ou que saia por aí proclamando que ela é totalmente desprovida de valor, mas apenas que você tenha o conhecimento e o ponto de vista corretos sobre a Bíblia. Não seja tão unilateral! Embora a Bíblia seja um livro de história que foi escrito por homens, também documenta muitos dos princípios pelos quais os santos e profetas antigos serviram a Deus, e as experiências dos apóstolos recentes em servir a Deus — todas as quais foram realmente vistas e conhecidas por essas pessoas e podem servir de referência para as pessoas desta era na busca do verdadeiro caminho. Assim, ao ler a Bíblia, as pessoas também podem ganhar muitos caminhos de vida que não podem ser encontradas em outros livros. Esses caminhos são os caminhos de vida da obra do Espírito Santo experimentadas por profetas e apóstolos em eras passadas, e muitas das palavras são preciosas e podem fornecer aquilo de que as pessoas precisam. Dessa forma, todas as pessoas gostam de ler a Bíblia. Porque tem tanta coisa oculta na Bíblia, as visões das pessoas em relação a ela são diferentes daquelas em relação aos escritos de grandes figuras espirituais. A Bíblia é um registro e uma coletânea das experiências e conhecimentos das pessoas que serviram a Jeová e a Jesus na antiga e na nova eras, de modo que as gerações posteriores conseguiram obter muito esclarecimento, iluminação, e sendas para praticar a partir dela. A razão pela qual a Bíblia é mais elevada do que os escritos de qualquer grande figura espiritual é porque todos os seus escritos foram retirados da Bíblia, suas experiências vêm da Bíblia e todos eles explicam a Bíblia. E, assim, embora as pessoas possam ganhar provisões dos livros de qualquer grande figura espiritual, elas ainda adoram a Bíblia porque ela lhes parece tão elevada e profunda! Embora a Bíblia reúna alguns dos livros das palavras de vida, como as epístolas paulinas e as petrinas, e embora as pessoas possam ser providas e auxiliadas por esses livros, eles ainda estão desatualizados e ainda pertencem à era antiga, e não importa quão bons sejam, são apenas adequados para um período e não são eternos. Pois a obra de Deus está sempre em desenvolvimento e ela não pode simplesmente parar no tempo de Paulo e Pedro, ou permanecer sempre na Era da Graça, quando Jesus foi crucificado. E assim, esses livros são apenas adequados para a Era da Graça, não para a Era do Reino dos últimos dias. Eles só podem prover para os crentes da Era da Graça, não para os santos da Era do Reino e não importa o quanto eles sejam bons, eles ainda são obsoletos. Dá-se o mesmo com a obra de criação de Jeová ou a Sua obra em Israel: não importa o quão grande essa obra tenha sido, ela ainda ficaria desatualizada, e o tempo ainda viria quando ela teria passado. A obra de Deus também é a mesma: é grandiosa, mas chegará um momento em que acabará; ela não pode permanecer para sempre no meio da obra da criação, nem entre aquela da crucificação. Não importa o quão convincente foi a obra da crucificação, não importa quão eficaz ela foi em derrotar Satanás, a obra, afinal, ainda é uma obra, e as eras, afinal, ainda são eras; a obra nem sempre pode permanecer no mesmo fundamento, nem os tempos podem não mudar nunca, porque houve a criação e deve haver os últimos dias. Isso é inevitável! Assim, hoje as palavras de vida do Novo Testamento — as epístolas dos apóstolos e os Quatro Evangelhos — tornaram-se livros históricos, tornaram-se velhos almanaques, e como os antigos almanaques poderiam levar as pessoas à nova era? Não importa quão capazes esses almanaques sejam de proporcionar vida às pessoas, não importa quão capazes sejam de liderar as pessoas na cruz, eles não estão desatualizados? Não são desprovidos de valor? Portanto, Eu digo que você não deve acreditar cegamente nesses almanaques. Eles são muito antigos, não podem trazê-lo para a nova obra e só irão sobrecarregá-lo. Não só eles não podem trazê-lo para a nova obra, nem para a nova entrada, mas eles o levam às antigas igrejas religiosas — e, se fosse esse o caso, você não estará regredindo em sua crença em Deus?
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A respeito da Bíblia (4)”