Heitor Prado é um garoto precoce em diversos aspectos. E isso passa longe de ser um problema. Aos 11 anos, já tem 1,70m de altura e calça chuteira de tamanho 41. Na idade que muitos estão começando a se desenvolver em um esporte, ele já é destaque em três. No futebol, no futsal e no fut7. Neste último, o pernambucano, morador do bairro de Torres Galvão, em Paulista, foi convocado para representar o Brasil na Copa América sub-11, que será realizada em fevereiro, em Santa Catarina. Para disputá-la, porém, é preciso que os atletas arquem com os custos da viagem, envolvendo também alimentação, uniforme, hospedagem e translado. Por isso, a família pede apoio para o jovem seguir atingindo grandes feitos cada vez mais cedo.
“Heitor joga desde os sete anos. Já foi campeão da Copa do Brasil de fut7 com a seleção pernambucana, sendo artilheiro. Ele também treina futsal na TS e futebol de campo na escolinha GM2. No fut7, entrou recentemente na PSG Academy, no Recife, como bolsista. Tem se destacado nas três, mas o foco maior recentemente tem sido no fut7. Essa será a primeira competição de nível internacional dele, mas precisamos arcar com tudo”, disse a mãe de Heitor, a auxiliar administrativa Karla Nunes.
Heitor exibe medalhas e troféus conquistados
Valores para viajar
De acordo com os valores divulgados pela Confederação Brasileira de Fut7, cada atleta teria que desembolsar entre R$ 3.150 (à vista) e R$ 3.500 (parcelado) para custear a permanência entre os dias 4 e 11 de fevereiro, período de disputa do torneio, em Balneário Camboriú. Se quiser levar um acompanhante, os valores são acrescidos de mais R$ 2.500 (à vista) e R$ 2.800 (parcelado). Há também uma opção de “pacote família”, com direito ao jogador levar dois acompanhantes. O valor final ficaria entre R$ 7.800 e R$ 8.700, respectivamente, nos dois meios de pagamento. Contudo, essas quantias não levam em consideração as passagens aéreas.
“A ideia seria ir meu marido e eu com Heitor, mas não sabemos se é possível. Nas nossas contas, seria preciso juntar pelo menos R$ 10 mil. Já conseguimos quase R$ 2 mil e temos até o dia 10 de janeiro para levantar todo o dinheiro e confirmar a ida”, apontou Karla. A família tem recebido as doações via PIX, na chave 12752619499.
Clubes de olho
As boas atuações de Heitor já chamaram atenção de clubes do estado. “Sport, Náutico, Santa Cruz e até o São Paulo já me procuraram”, diz Heitor. A mãe, contudo, explica que, mesmo mais maduro que o habitual para garotos da idade, tem horas que a cautela é fundamental. “Ele é muito novo e a gente preferiu deixá-lo por aqui no momento. Se ele fosse, ficaria preso aos clubes e não teria como disputar muitas competições nessa faixa dos 11 aos 13 anos”.
Inspiração na família
Heitor é bisneto de Diógenes Prado, o “homem peixe”, goleiro que fez história na década de 1930, atuando pelo Santa Cruz, clube em que foi tricampeão pernambucano, e pelo Sport. Nas redes sociais, o jovem se divide entre zagueiro e atacante.
O atleta, contudo, tem sua preferência.”Gosto de jogar na frente, fazendo gols”, contou. Torcedor do Sport, ele tem como ídolo o argentino Messi. “Já sou mais alto que ele”, brincou. Nesse quesito, nem o melhor do mundo foi tão precoce quanto Heitor. E olha que o jovem ainda tem muito a crescer. Não somente na altura.