Rosario, Pujato, Calchín, Mar del Plata, cidades e vilarejos da Argentina comemoram seus tricampeões mundiais, que voltaram a sua terra natal para descansar depois da histórica caravana com cinco milhões de pessoas em Buenos Aires, para comemorar a conquista da Copa do Mundo do Catar de 2022.
Depois de quatro horas de sol intenso e dificuldades para avançar, o desfile teve que terminar pela via aérea, quando Lionel Messi, Angel Di María e Rodrigo De Paul com a Copa do Mundo sobrevoaram em um helicóptero o Obelisco, a Plaza de Mayo e toda a área que estava prevista para ser percorrida de ônibus aberto na terça-feira.
Depois de terminada a demoradíssima recepção, o capitão albiceleste partiu em avião particular rumo a Rosario, 310 quilômetros ao norte de Buenos Aires, e depois, junto com Di María, foi transferido de helicóptero para um condomínio na cidade de Funes, na periferia da cidade, para passar os dias de descanso com a família.
“Deixem ele sair um segundo”, “Queremos uma foto e vamos embora”, diziam moradores de Rosário, com a camisa albiceleste, que esperavam nesta quarta-feira atrás das cercas colocadas para proteger o condomínio, com a esperança de ver seu herói.
Ainda não se sabe se haverá um evento no Monumento à Bandeira, epicentro habitual das comemorações do futebol em Rosario para homenagear os nativos Messi, Di María e Angel Correa.
“Se eles quiserem, vamos pensar em alguma coisa. Estamos felizes que eles queiram vir passar uns dias com a família e a prioridade são eles e que possam vir e se divertir. Eles vão passar as férias aqui”, declarou o prefeito de Rosario, Pablo Javkin.
Vilarejos orgulhosos
A 40 km de Rosário está Pujato, cidade de apenas 3.700 habitantes onde nasceu o técnico Lionel Scaloni.
Lá as comemorações estão sendo comedidas porque ainda estão de luto devido à morte de um de seus jovens moradores em um acidente durante a Copa do Mundo.
No entanto, no domingo, quando a Argentina conquistou o Mundial, encerrando um jejum de 36 anos, o povo de Puja comemorou nas ruas.
“Esta é uma vitória de todos. A Seleção sempre jogou para o povo. É emocionante e gratificante”, disse Scaloni na noite desta quarta-feira ao discursar em um evento na rua de sua pequena cidade natal.
“O que vivemos (nas comemorações de terça-feira) levaremos para sempre em nossos corações. É um momento inesquecível”, disse o treinador.
Em Calchín, outro município de 3.000 habitantes, 650 quilômetros ao norte de Buenos Aires, a festa foi para se declarar ‘cidadão honorário’ e entregar as chaves da cidade a Julián ‘La Araña’ Álvarez, de 22 anos, autor de quatro gols no Catar e uma das revelações do torneio.
“É um orgulho levar a Argentina ao topo. É um sonho realizado”, disse Álvarez em um palco montado na rua, aplaudido pelos moradores.
Mar del Plata vibra com ‘Dibu’
Mar del Plata, maior balneário argentino apelidado de ‘Cidade Feliz’, vai homenagear na quinta-feira o goleiro Emiliano ‘Dibu’ Martínez, que deixou essa cidade quando tinha 12 anos.
“Obrigado ‘Dibu’ por nos trazer tanta felicidade”, dizia uma das muitas mensagens deixadas na porta de sua casa aonde chegou na noite de terça-feira.
Na Playa Las Toscas, mesmo local em que 100 mil pessoas se reuniram para assistir aos jogos da Copa do Mundo, ele será declarado cidadão ilustre de Mar del Plata, onde o goleiro tem uma casa em um condomínio fechado.
O jovem Alexis Mac Allister, outra revelação no Catar e que joga pelo Brighton da Premier League inglesa, foi recebido com cartazes e muita cantoria em Santa Rosa, sua cidade natal na província de La Pampa.
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