Um agente de segurança morreu por uma “queda grave” durante seu turno de trabalho no estádio Lusail, palco da final da Copa do Mundo do Catar — anunciou o comitê organizador em um comunicado divulgado nesta quarta-feira (14).
Identificado como John Njau Kibue, o homem, cuja nacionalidade não foi especificada, caiu no sábado e morreu na terça-feira (13), “depois de três dias sob cuidados intensivos”, disse o comitê.
“Equipes médicas do estádio foram imediatamente para o local, e ele foi levado de ambulância para a unidade de terapia intensiva do Hospital Hamad” em Doha, acrescentaram os organizadores. A comissão afirmou que “a investigação sobre as circunstâncias da [sua] queda é prioridade e [que] serão dadas mais informações sobre os resultados [da investigação]”.
“Também vamos garantir que sua família receba todo o dinheiro que lhe é devido”, encerrou o comitê. As autoridades do Catar também investigam a morte de um filipino em um acidente de trabalho no campo-base da Arábia Saudita no início do torneio.
Desde que foi escolhido para sediar a Copa do Mundo, em dezembro de 2010, o pequeno emirado do Golfo recebeu críticas pelas condições de trabalho e de vida de centenas de milhares de trabalhadores migrantes procedentes da Ásia e da África.
Doha afirma que fez reformas inéditas no Código Trabalhista, aplaudidas pelas organizações sindicais, que, no entanto, pedem uma aplicação mais rigorosa do mesmo.
O total de mortes em acidentes de trabalho durante os preparativos para o Mundial varia de acordo com as fontes. O Catar diz que 414 pessoas morreram entre 2014 e 2020. Já as ONGs relatam vários milhares de mortos desde 2010.
O comitê identificou “3 mortes relacionadas ao trabalho e 37 mortes não relacionadas ao trabalho”. Três jornalistas que trabalhavam na Copa também morreram, incluindo o americano Grant Wahl, de 48 anos, que desmaiou na tribuna de imprensa enquanto cobria as quartas de final entre Argentina e Holanda, no estádio Lusail, na cidade homônima, em 9 de dezembro.
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