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“Messi sempre teve personalidade”, diz goleiro da seleção argentina da Copa de 1986, Nery Pumpido

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Nery Pumpido, goleiro da seleção argentina campeã do mundo em 1986, manifestou esperança de que a atual ‘albiceleste’, classificada para as semifinais, assuma no Catar o bastão de sua geração e defendeu que Lionel Messi sempre foi um líder “com caráter”.


“Personalidade não se tem porque você grita ou porque você dá um chutão. Caráter é pegar a bola, jogar e fazer as coisas que Messi faz. Para isso, você tem que ter personalidade e Messi sempre teve”, disse à AFP Nery Pumpido, hoje com 65 anos, que participou neste domingo, no centro de Doha, de uma homenagem a Pelé organizada pela Conmebol.




“Ele sempre mostrou isso, só que agora dá para ver um pouco mais porque é a Copa do Mundo. A personalidade é quando você vê as coisas como difíceis e pede a bola e o Messi sempre fez isso. Você tem que diferenciar o que é personalidade para uma coisa e quando é para outra”, apontou.


O ex-goleiro preferiu não entrar na discussão se Messi tem agora a aura que Diego Maradona tinha no elenco campeão de 1986.


“Diego era uma coisa e Messi era outra. Eles são os dois grandes que temos na Argentina e estamos satisfeitos por termos os melhores jogadores do mundo. Messi está extraordinário agora, como sempre foi”, disse ele.


Na partida das quartas de final contra a Holanda, Messi fez um gol e deu uma assistência perfeita, mas teve que dividir os holofotes com o goleiro Emiliano Martínez, que defendeu duas cobranças para os holandeses na decisão por pênaltis.


“Os goleiros estão aí para aparecer nos momentos chave e o Dibu sempre fez isso. É uma Copa do Mundo com grandes goleiros. O do Marrocos (Yassine Bounou ‘Bono’) por exemplo também é outro que está fazendo um grande campeonato”, destacou Pumpido sobre a posição que ocupou em sua época como jogador.


“Uma Copa sem grande futebol”

O ex-goleiro do River Plate e do espanhol Betis considerou a Croácia “uma boa equipe” e que “qualquer uma das quatro” semifinalistas tem condições de ser campeã.


Na sua opinião, o Mundial do Catar “não teve um alto nível” e “está nivelado por baixo”, o que torna necessária uma “reflexão” para o futuro, sobretudo no momento em que o torneio se prepara para ser aumentado de 32 para 48 seleções a partir da edição de 2026.


“As quatro equipes que restaram foram inteligentes e souberam ser diferentes e dinâmicas. As que buscaram estabilidade ficaram de fora. Isso significa que o futebol está mudando, que você tem que repensar. Você pode ter 75% da posse de bola e ficar de fora, como aconteceu com a Espanha”, avaliou.


Nery Pumpido destacou a Alemanha “como a grande decepção” e considerou “bárbara” a presença de Marrocos nas meias-finais. “É um time que soube lidar com o jogo e respeitar o rival”, destacou sobre a seleção norte-africana, a primeira de seu continente em uma semifinal de Copa do Mundo.


Apesar do nível, Pumpido insistiu em sua esperança de que a Argentina e Messi levantem a taça no domingo, como ele e seus companheiros fizeram no estádio Azteca em 1986.


“Tomara, tomara. Espero que assim seja. Depois de tantos anos, 36 anos… Espero que possa acontecer assim”, desejou.

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