Por que Evaristo Piza aceitou o convite do Santa Cruz para treinar o clube faltando apenas dois jogos para o término da primeira fase da Série D do Campeonato Brasileiro? Essa foi a principal pergunta que o técnico ouviu em sua coletiva de apresentação, no Arruda. A resposta prova que não foram argumentos financeiros que o convenceram, tampouco aspectos estruturais.
“O acesso com o Santa na Série D proporciona mais do que qualquer valor em dinheiro, em termos de projeção na carreira. Estou muito feliz com esse momento. Vou buscar o melhor aqui nos dias que antecedem a decisão e conto com o apoio dos torcedores. Quando enfrentei o Santa aqui, vi a força deles”, afirmou, citando em tom otimista que, mesmo em cenário complicado na tabela do Grupo 3, o Tricolor tem potencial para impor respeito.
“Conseguindo a classificação, o adversário mais temido será o Santa Cruz. Ninguém vai querer pegar a gente no mata-mata porque o Arruda estará lotado. Algumas vezes, você se classifica em quarto e tira o primeiro. Mas antes de pensar nisso, temos que vencer no domingo”, completou.
Segundo informações do Globo Esporte, Piza já começou a mexer na base titular do Santa, de olho no jogo de domingo (16), contra o Potiguar, no Arruda. Na zaga, Ítalo Melo não participou das atividades por conta de uma tendinite e deu lugar para Yan Oliveira. No meio, saíram Emerson Souza e Nadson. Dupla que inclusive já trabalhou com o treinador, à época em que estava no Sampaio Corrêa. Ítalo Henrique ganhou espaço, além de Chiquinho, que voltou a ser utilizado como articulador.
“O momento é de entender as lideranças. A importância de jogadores como Chiquinho e Pipico, que já enfrentei muito. Tem alguns atletas chegando também, como Iago e Matheus Alessandro”, frisou.
“É um momento de troca, dando tranquilidade e confiança ao grupo, acreditando que eles têm capacidade de sair dessa situação adversa. Conheço alguns jogadores e acredito na força da camisa. Vim para fazer um projeto curto, com dois jogos para classificar e três de mata-mata, conseguindo o acesso. Acompanhei algumas competições desde que saí do Sampaio Corrêa. Tive oportunidades na Série C, mas optei por segurar e surgiu a possibilidade do Santa. A camisa me motivou a estar aqui”, detalhou.
Piza chegou para ocupar a vaga de Felipe Conceição, demitido após a derrota do Santa para o Campinense. Cenário que já ocorreu no passado. “Assumi outro trabalho de Conceição, no Sampaio. Conheço bem o estilo de jogo dele, mais posicional, mas tenho uma questão de deixar a equipe mais móvel. Não sei se terei tempo hábil para isso. Não posso querer fazer tudo em dois dias e estragar. É preciso coerência para tomar as decisões”, concluiu.
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