A lendária jaqueta que o jogador Michael Jordan usou contra sua vontade quando recebeu a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992 com o “Dream Team” foi vendida por US$ 1,5 milhão, o equivalente a R$ 7,2 milhões, em um leilão da Sotheby’s, nesta quarta-feira (28).
“Talvez seja o item mais importante do ‘Dream Team’ que veio à tona”, disse a Sotheby’s, que estimou seu preço de venda entre US$ 1 milhão e US$ 3 milhões. O leilão online permaneceu aberto entre 11 de maio e 28 de junho.
Nos jogos, Jordan cobriu a logomarca da Reebok, patrocinadora dos jogos, por lealdade à Nike, com quem havia assinado contrato de exclusividade em 1984. Ao receber a medalha cobriu-se com a bandeira americana.
Ele então deu a vestimenta a Brian Mcintyre, relações públicas da NBA, que até agora era o dono da jaqueta. “Para Brian, obrigado por tudo”, assinou Jordan na peça de roupa.
— Ele não queria ser representado com uma jaqueta Reebok, e esta vestimenta é, portanto, um símbolo de sua excelência olímpica, mas também de sua lealdade à Nike, que acreditou nele desde o início de sua carreira —, explica Brahm Wachter, chefe do departamento de roupas modernas e colecionáveis da casa de leilões.
A Reebok gastou milhões de dólares patrocinando os jogos do Barcelona e, como parte do acordo, esperava que os atletas usassem suas roupas.
Para a casa de leilões, a jaqueta vendida significa “muitas coisas”. Além de simbolizar o desempenho de Jordan com o Dream Team, também é um marco na forma como a NBA conseguiu construir seu público internacionalmente.
O contrato de Jordan com a Nike foi muito importante para alavancar as vendas da empresa americana. Desde que a Nike deu a Jordan sua própria linha de tênis e roupas esportivas em 1984, o faturamento da empresa cresceu de US$ 300 milhões para mais de US$ 160 bilhões.
Só em 2022, o ex-jogador faturou 256 milhões com as comissões das 5,1 bilhões de vendas de produtos que levam seu nome.
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