Os olhos da NBA estarão voltados para Victor Wembanyama nesta quinta-feira (22). Provável primeira escolha do Draft de 2023 — sistema de escolha de jovens atletas que privilegia as equipes mais fracas, a fim de equilibrar o campeonato — que acontece às 21h (de Brasília), ele é considerado o principal nome a ser buscado pelas franquias que desejam renascer na liga a partir de 2023/2024. Seu provável destino é o San Antonio Spurs, sorteado como escolha número 1.
O pivô é considerado o maior prospecto desde o surgimento do esloveno Luka Doncic, que ingressou na NBA em 2018, e chegou a ser elogiado até mesmo pelo astro LeBron James, que o vê como um “talento geracional”. A classe também tem destaques de luxo como o armador Scoot Henderson e o ala Brandon Miller, que devem ir para Charlotte Hornets e Portland Trail Blazers, respectivamente. Mas nenhum fez os Spurs tirarem os olhos de Wembanyama.
O jovem de 19 anos e 2,19m – a NBA o lista com 2,24m – tem qualidades pouco vistas em jogadores de sua idade e altura. O jovem é um pivô com grande envergadura e alto poder defensivo, mas domina também fundamentos como controle de bola e arremessos, além de ter uma leitura de jogo muito elogiada por quem o acompanha de perto.
Ele atua no basquete francês, no Metropolitans, e tem médias de 21,6 pontos, 10,5 rebotes, 3,1 tocos e 2,5 assistências. O talento multi-facetado e precoce somado à altura o fazem um jogador raríssimo na história do basquete.
Atualmente, o jovem tem se destacado no Metropolitans 92, de Paris, na LNB Pro A — a liga de basquete profissional da França —, mas começou no esporte aos 4 anos, treinado pela mãe, que é ex-jogadora de basquete. Aos 15 anos, estreou na liga profissional e logo foi convocado para as seleções de base. No entanto, seu nome começou a surgir no noticiário em 2021, quando foi destaque no Mundial Sub-19.
Wembanyama levou a França para a final, mas acabou sendo derrotado pelos Estados Unidos. Na decisão, anotou 22 pontos, oito rebotes e oito tocos. Para muitos, deveria ser o MVP do Mundial. Tudo isso sendo três anos mais novo do que muitos de seus adversários. Foi a fagulha que fez a NBA pegar fogo e praticamente todas as franquias enviarem observadores para ver o prodígio.
Neste ano, o time de Wembanyama enfrentou o Ignite, da G-League da NBA, que conta com Scoot Henderson, provável segunda escolha. O encontro entre os prospectos fez delegações inteiras da NBA viajarem até Las Vegas para acompanharem a partida. A vitória foi da equipe da G-League por 122 a 115, mas o francês foi o grande destaque com 37 pontos e cinco tocos.
A última temporada de Wembanyama foi marcada por algumas pequenas lesões, a maior preocupação para quem tem esta altura. Mas ele diz não se preocupar.
— Lesões não me preocupam, pois eu nunca tive uma lesão séria. Além disso, sabemos que os médicos da NBA são os melhores. Não existe razão, então, para perder o sono com isso — concluiu.
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