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Suárez: o que a Copa e a passagem pelo Uruguai dizem sobre o nível que ele chegará ao Grêmio

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Com um acordo verbal firmado e as negociações em curso com o Grêmio, o uruguaio Luis Suárez, de 35 anos, vive um momento peculiar na carreira.

Acostumado com a glória dos holofotes por todos os títulos conquistados na Espanha, o atacante passou por um momento de transição da Europa para a América do Sul, em 2022, e com números baixos na seleção uruguaia. Ainda assim, chega com status de maior reforço do tricolor gaúcho para a temporada de 2023.


O atleta que está perto de ser anunciado pelo Grêmio é parecido com aquele que saiu do Atlético de Madrid há seis meses em direção ao Nacional. Ou seja: num nível que o fez sobrar no futebol uruguaio e que pode fazer dele um dos destaques também do próximo Brasileirão. Mas os fatores emocionais de uma Copa frustrante e a questão etária lançam uma sombra de dúvida sobre seu rendimento.


Suárez é o maior artilheiro da história da seleção uruguaia, com 68 gols. Mas nenhum deles marcado no último Mundial. O jogador não foi bem nas últimas três partidas que disputou pelo Uruguai na Copa do Catar e viu sua equipe ser desclassificada ainda na fase de grupos da competição.

 




Uma das imagens mais marcantes da passagem do atacante no Catar foi quando desabou no banco de reservas no segundo tempo da partida contra Gana. Apesar da vitória, o Uruguai foi eliminado. Ali, em razão da idade, sua história em Copas pode ter chegado ao fim.


Nos últimos quatro anos, Suárez ganhou títulos importantes na Europa. Pelo Barcelona, o jogador foi campeão da Supercopa da Espanha (2018) e do Espanhol (2018/19). Em 2020, após o término da sua boa fase no clube catalão, seguiu para o Atlético de Madri, onde venceu o Espanhol novamente em 2021.


Sem renovação de contrato, que se encerrou em julho, o atleta saiu do time madrilenho e se viu diante da oportunidade de voltar ao futebol sul-americano. Mais especificamente para o Nacional, clube uruguaio que o revelou. A transição demorou quase um mês para ser acertada, mas o craque “voltou para casa”.


A vinda para a América do Sul também era vista como uma forma de facilitar sua preparação para disputar a Copa do Mundo. A passagem foi relâmpago. Mas, em pouco menos de três meses, mostrou ser acima da média para o futebol local. Foram oito gols em 16 partidas. Apesar de ter sido apenas o 21º em jogos disputados, foi o terceiro maior goleador da equipe na temporada e dono da melhor média de gols (0,5 por confronto).


A fragilidade do Nacional não permitiu a Suárez experimentar um brilho continental. A equipe já estava eliminada da Libertadores quando ele ingressou ao plantel. E, nos únicos confrontos internacionais com a presença do atacante, o time foi facilmente vencido pelo Atlético-GO, pelas quartas da Sul-americana.


Ainda assim, ele conseguiu deixar sua marca participando da conquista do Campeonato Uruguaio. Decisivo, marcou dois gols nos 4 a 1 na decisão do título contra o Liverpool Montevidéu e manteve a tradição de levantar troféus em todos os clubes pelos quais passou.


Mesmo impactado pelo fracasso na Copa, sua sequência de conquistas não deixa dúvidas sobre seu potencial. Acima da média, o atleta ainda pode ser um fator de desequilíbrio. É nisso que aposta o Grêmio.

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