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Croácia e Marrocos se enfrentam em disputa do terceiro lugar da Copa do Mundo

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O “jogo da ressaca” da Copa do Mundo 2022. Normalmente, a disputa pelo terceiro lugar do torneio reúne equipes que, mesmo empenhadas por garantir o “bronze” no torneio, ainda trazem consigo a frustração de terem perdido na semifinal, ficando fora da partida que realmente queriam disputar no fim de semana, a da final, que ocorre domingo (18). Decepções à parte, Croácia e Marrocos se enfrentam neste sábado, às 12h, no Internacional Khalifa. Dono da melhor campanha africana em mundiais, os marroquinos podem atingir um feito ainda mais histórico caso derrotem os europeus. Atual vice-campeã, a Croácia volta a jogar a fase após 1998, quando derrotou a Holanda e ficou com o terceiro lugar.

Com dúvidas sobre sua permanência na seleção da Croácia, o Bola de Ouro Luka Modric tentará conquistar um lugar no pódio da Copa do Mundo diante de um Marrocos que não vive seu melhor momento defensivo na competição.

Após eliminar o Brasil nas quartas de final, o camisa ’10’ comentou que a decisão sobre sua permanência na seleção croata será tomada no momento certo e que sua mente está focada no presente, em ganhar a disputa pelo terceiro lugar na sua quarta participação em Mundiais.

“Nossa concentração está na partida de sábado, não falamos sobre o tema. Temos que nos preparar para esse jogo e espero que ele siga na seleção. Com certeza, a decisão é só dele”, disse o treinador croata Zlatko Dalic, um dia depois da derrota para a Argentina nas semifinais;

“Será uma pena para todos os torcedores do mundo se Luka disser ‘adeus’ à seleção. Ele exibiu um futebol tão bom, mas ao mesmo tempo mostrou que é um profissional de ponta. É difícil para ele e para mim também se ele decidir não continuar”, acrescentou.

Modric, que foi vice-campeão do mundo em 2018, pode se unir à lista de astros que parecem ter participado de sua última edição em Mundiais, como Lionel Messi, Cristiano Ronaldo, Luis Suárez e Robert Lewandowski.

Dalic, no entanto, acredita conseguir convencê-lo a jogar a Eurocopa de 2024, na Alemanha, quando o craque estaria perto de completar 39 anos. Ainda que os esforços da seleção de Modric estivessem focados em superar o feito na Rússia, e a final de domingo entre Argentina e França monopolize os holofotes do mundo, o meio-campista do Real Madrid mostrou seu DNA competitivo logo após a derrota para os argentinos.

“Fizemos uma Copa do Mundo muito boa e os jogos com a Croácia nunca são em vão, há uma medalha de bronze em jogo e temos que nos preparar, conseguir também é um sucesso”, disse após a derrota na semifinal. O último duelo no Catar é contra um rival já conhecido, mas que na fase de grupos ainda não tinha se consagrado como revelação do torneio.




Defesa desfalcada

Croácia e Marrocos empataram sem gols na estreia no Catar, pelo Grupo F, que terminou com a liderança dos ‘Leões do Atlas’ (sete pontos), à frente dos croatas (cinco). Bélgica (quatro) e Canadá (zero) foram eliminados. “Será um adversário mais difícil do que na primeira fase. Eles não têm medo de ninguém”, disse Dalic. O Marrocos de Walid Regragui evoluiu desde então, até se tornar o primeiro país árabe e africano a chegar a uma semifinal de Copa do Mundo.

A França, atual campeã, busca defender seu título após vencer por 2×0 os ‘Leões do Atlas’, que nas semifinais já sofria com os problemas físicos de seus defensores. “Eles (os jogadores) estão todos preparados para tentar jogar até o final da partida, mas não vamos arriscar com alguns”, explicou o treinador marroquino.

Regragui descartou a presença do capitão Romain Saïss, que tem uma lesão na coxa, situação parecida com a dos zagueiros Nayef Aguerd e Noussair Mazraoui e do atacante Youssef En-Nesyri. “Essa partida me incomoda um pouco. É sempre complicado depois de uma desilusão”, disse Regragui. “É difícil embelezar esse jogo, é a final de domingo que gostaríamos de jogar, mas vamos disputá-la”, finalizou.


 

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