Limite não cabe no vocabulário das paratletas Luana Karoline e Maria Heloísa, que protagonizaram a primeira luta de parajiu-jitsu feminina no Nordeste, no Ginásio Esportivo Geraldo Magalhães, neste domingo (11), na 1ª edição do Open Garra Norte/Nordeste de Jiu-jitsu. Com mais de 40 equipes e 600 atletas, o campeonato regional cumpriu sua missão de fortalecer a Arte Suave na região e dar mais visibilidade ao Jiu-jitsu feminino e ao parajiu-jitsu.
“Acreditamos no Jiu Jitsu como uma grande ferramenta de transformação. A inclusão de chaves com paratletas impacta diretamente pessoas com deficiência, despertando a vontade de praticar uma arte marcial e a partir daí enxergar novos horizontes e possibilidades. Desejo que esse seja apenas o início de um novo momento para o paradesporto”, afirmou a idealizadora do evento, Marjorie Lins, durante abertura das chaves.
Para a professora de Luana Karoline, Larissa Barros, o momento é muito especial. “Eu estou muito emocionada não só por este dia e pela luta, mas por acreditar cem por cento na inclusão. Incentivar lutas e espaços como esses do campeonato permitem que mais pessoas com deficiência despertem a vontade de treinar e acreditar que é possível ultrapassar limites”, declarou emocionada a professora.
“Essa luta é um marco para Heloísa, para mim, para a cidade de Cabedelo (PB) e para todo o nordeste. Esse evento é inédito, mas acredito que a partir desse teremos mais e mais incentivos”, reforçou o professor de Heloísa, Rômulo Martins.
Aceitação
Luana viu seu primo começar a treinar, mas não sabia se seria aceita. Até que conquistou não só os tatames da Black Belt, academia de Jiu Jitsu da paratleta, mas do mundo. “A cadeira de rodas são as pernas de Luana e o céu é o limite para ela”, enfatizou a mãe, que fez questão de reforçar como a vida de todos da família mudou após a inserção da vitoriense no esporte. Além do Jiu Jitsu Luana também é atleta da Seleção Brasileira de Bocha, sendo medalhista na Croacia.
“Depois que comecei a treinar me senti incentivada e deixei de me sentir presa. Passei a viver e a enxergar novas possibilidades”, disse Luana.
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