A colheita da soja para a safra 2022/23 alcançou 13,61% das áreas até a última sexta-feira (27/01), avanço de 7,71 p.p. no comparativo semanal
Os trabalhos nas lavouras estão 18,21 p.p. atrás do visto no ano passado e 6,62 p.p. ante a média dos
últimos anos. Esse atraso continua sendo reflexo das condições climáticas observadas nas últimas
semanas, que apresentaram grandes volumes de chuvas e longos períodos de nebulosidade na maioria das regiões de Mato Grosso. Para se ter uma ideia, o sudeste registrou média de 87 mm entre os dias 22/01 ao dia 28/01, impactando diretamente no ritmo da colheita.
Além disso, a combinação de chuvas e falta de luminosidade pode impactar na qualidade do grão e no aumento do percentual de soja avariado, o que já é uma preocupação para os produtores de Mato Grosso.
Por fim, segundo o Tempo-Campo, para os próximos 30 dias são estimados precipitações de 200 a 300 mm em grande parte do estado, com destaque para as região sudeste que podem chegar até 500 mm de chuva em alguns pontos.
De acordo com a análise da soja desta semana, “Estimativas do Cepea apontando safra abundante no Brasil, recentes chuvas na Argentina e comemorações do ano novo chinês (que afastaram os asiáticos das negociações) pressionaram com certa intensidade as cotações da soja na semana passada. Diante disso, em algumas regiões, os valores de negociação são os menores desde dezembro de 2021″.
Mercado Financeiro
- Chicago em queda: devido ao feriado chinês do Ano Novo Lunar, o CME-Group caiu 1,22%, ante a semana passada, com preço médio de US$ 15,03/bu;
- Paridade março cai: com a queda do dólar futuro e da soja em Chicago, a paridade março recuou 2,36%, no comparativo semanal, e ficou cotada na média de R$ 138,23/sc;
- Soja de MT recua: o início da colheita da soja e o recuo do dólar puxaram o Indicador Imea, que exibiu queda de 1,59%, ante a semana passada, com média de R$ 146,80/sc em Mato Grosso.
Por Daniele Balieiro com informações do Cepea
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