Após alerta mundial, com uma morte confirmada nos EUA por infecção causada pela bactéria E. coli encontrada em tradicional lanche do McDonald’s, em Cuiabá, um vídeo flagrante mostra alimentos jogados no chão onde funcionários preparam os sanduiches, sujeira acumulada pelos cantos e ambientes abandonados na primeira franquia instalada na cidade. Entenda tudo isso!
McDonald’s de Cuiabá em situação precária
Um surto de Escherichia coli (E. coli) relacionado ao sanduíche Quarter Pounder (Quarteirão no Brasil) do McDonald’s nos Estados Unidos acendeu um alerta para a segurança alimentar em redes de fast-food. O incidente já afetou pelo menos 49 pessoas em dez estados americanos, levando dez indivíduos à hospitalização e resultando em uma fatalidade.
Em Cuiabá, imagens mostram péssimas condições de higiene na primeira unidade do McDonald’s na cidade. Imagens feitas por uma cliente alertam sobre a situação deplorável do local, com sujeira em várias áreas, ambientes abandonados (terraço) e até mesmo funcionários trabalhando normalmente com alimentos espalhados pelo chão. Observe a foto abaixo onde podemos ver claramente um hamburguer inteiro jogado no chão, além de sujeira espalhada por todos os lados, justamente no local onde são preparados os alimentos.
Esta unidade é a primeira da franquia na cidade, inaugurada em outubro de 1998. Essa situação demonstra um descaso inadmissível com as normas básicas de limpeza. Aperte o play no vídeo abaixo e tire suas conclusões sobre o estado de abandono em que se encontra essa unidade em Cuiabá.
O flagrante é um duro golpe à imagem do McDonald’s, uma das maiores redes de fast food do mundo, que sempre propagou seus rígidos padrões de higiene. O que se vê, no entanto, é um ambiente totalmente insalubre, colocando em risco a saúde de quem frequenta o local. O registro feito no dia 08 de outubro deste ano, por volta das 17h.
Surto de E. coli nos EUA
Diante do que vimos anteriormente, é totalmente possível o que esta acontecendo lá nos EUA. Sendo que a maioria dos casos foi registrada nos estados do Colorado e Nebraska. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA emitiu um alerta de segurança alimentar e iniciou uma investigação para determinar a fonte da contaminação.
A bactéria E. coli, comumente encontrada no intestino de pessoas e animais, pode causar doenças graves, incluindo diarreia sanguinolenta, cólicas estomacais e vômitos. A cepa específica envolvida neste surto, O157:H7, é particularmente perigosa e já foi responsável por um surto mortal em 1993, quando quatro crianças faleceram após consumirem hambúrgueres mal cozidos em outra rede de fast-food.
As investigações preliminares do CDC e da Food and Drug Administration (FDA) apontam para as cebolas fatiadas utilizadas no Quarter Pounder como a provável fonte da contaminação. Essas cebolas seriam provenientes de um único fornecedor que atende a três centros de distribuição do McDonald’s.
O McDonald’s, em resposta ao surto, suspendeu a venda do Quarter Pounder em diversos estados afetados e interrompeu o uso de cebola crua fatiada no preparo do sanduíche em várias regiões. A empresa também removeu os hambúrgueres de carne específicos para o Quarter Pounder das lojas em alguns estados, incluindo Colorado, Kansas, Utah, Wyoming, Idaho, Iowa, Missouri, Montana, Nebraska, Nevada, Novo México e Oklahoma.
Impacto nas ações do McDonald’s
O impacto do surto se estendeu ao mercado financeiro, com as ações do McDonald’s caindo mais de 5% após o anúncio do CDC. A queda reflete a preocupação dos investidores com os potenciais danos à reputação da marca e as consequências financeiras do incidente. Especialistas do mercado financeiro analisam o caso com cautela, comparando-o a um incidente semelhante ocorrido em 2015 com a rede de fast-food Chipotle, que também enfrentou um surto de E. coli. Enquanto alguns analistas acreditam que o impacto no McDonald’s será menos severo e de menor duração que o experimentado pela Chipotle, outros alertam que a situação ainda pode ter consequencias negativas para a empresa.
O caso serve como um alerta para as franquias do McDonald’s e outras redes de fast-food no Brasil sobre a importância da segurança alimentar. A contaminação em um único ingrediente, como a cebola, pode ter um impacto significativo na saúde pública e na imagem da marca.
Medidas preventivas para evitar surtos de E. coli em redes de fast-food no Brasil:
- Rigoroso controle de qualidade dos ingredientes: Implementar um sistema rigoroso de controle de qualidade para todos os ingredientes, desde a seleção dos fornecedores até o armazenamento e manuseio nos restaurantes.
- Treinamento adequado dos funcionários: Treinar todos os funcionários sobre as práticas adequadas de higiene e segurança alimentar, incluindo a lavagem das mãos, o uso de luvas e a manipulação correta dos alimentos.
- Monitoramento constante das condições de higiene: Monitorar constantemente as condições de higiene em todas as áreas do restaurante, incluindo a cozinha, o balcão de atendimento e os banheiros.
- Implementação de um sistema de rastreabilidade: Implementar um sistema de rastreabilidade para todos os ingredientes, permitindo identificar rapidamente a origem de qualquer contaminação.
- Comunicação transparente com os consumidores: Manter uma comunicação transparente com os consumidores sobre as medidas de segurança alimentar adotadas pela empresa.
É fundamental que as empresas estejam atentas às normas de segurança alimentar e invistam em medidas preventivas para garantir a saúde dos seus consumidores. A negligência nesse aspecto pode resultar em graves consequências, tanto para a saúde pública quanto para a reputação da marca.
AGRONEWS é informação para quem produz