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Soja volta a brilhar: preços atingem máxima no Paraná impulsionados por demanda e resistência dos produtores

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O mercado da soja retomou sua trajetória de alta, com os preços disparando em várias regiões do Brasil, confira a seguir

A demanda crescente, especialmente das indústrias esmagadoras, aliada à resistência dos produtores em liberar grandes volumes, tem sido o principal motor dessa elevação. Tanto o estoque remanescente da safra 2023/24 quanto os contratos a termo para a temporada 2024/25 estão sendo negociados com cautela, o que reforça ainda mais o cenário de valorização.

Na última quinta-feira, 26, o indicador da soja no Paraná atingiu a marca de R$ 138,81 por saca de 60 kg. Esse é o maior valor nominal registrado desde o final de dezembro do ano de 2023, confirmando o momento positivo para o grão. A cautela dos produtores reflete não apenas a estratégia de venda, mas também a preocupação com as condições climáticas instáveis, que podem comprometer o plantio da nova safra. Chuvas irregulares em diversas regiões brasileiras têm gerado incertezas quanto ao desenvolvimento do próximo ciclo produtivo.

A resistência dos agricultores em negociar grandes volumes de soja tem sido um fator decisivo na recente escalada de preços. Muitos produtores, ainda com parte da safra 2023/24 estocada, optam por segurar a comercialização, esperando por melhores cotações. Esse movimento reduz a oferta no curto prazo, o que, em um cenário de demanda aquecida, favorece a valorização do produto no mercado interno.

Outro ponto que alimenta essa resistência é a indefinição climática. Com as chuvas irregulares e o solo em condições diversas, a janela ideal de plantio para a safra 2024/25 pode sofrer atrasos. Isso gera um ambiente de insegurança, onde os agricultores preferem garantir a maior rentabilidade possível, adiando negociações futuras enquanto monitoram as condições do tempo.

Essa postura prudente dos produtores, ao segurar a oferta, impacta diretamente os preços da commodity, que continuam em alta, beneficiando o setor que possui estoque disponível para venda.

Além da postura dos produtores, a demanda das indústrias esmagadoras desempenha um papel fundamental na sustentação dos preços da soja. Com o mercado global de óleos vegetais em alta e a busca crescente por farelo de soja, utilizado principalmente na alimentação animal, as indústrias estão em ritmo acelerado de compra.

Esse cenário é favorecido, ainda, pela busca internacional pela soja brasileira, considerada uma das mais competitivas do mundo, tanto em qualidade quanto em preço. Com estoques globais ajustados e uma demanda aquecida, a tendência é de que os preços se mantenham elevados no curto e médio prazo.

Para os produtores que ainda possuem estoque da safra passada, o momento é de decisão: vender agora, aproveitando a alta, ou esperar por uma possível valorização ainda maior nas próximas semanas? Tudo dependerá da evolução climática e da velocidade com que o mercado ajustará seus estoques.

Daniele Balieiro – Agronews

O cenário para safra 2024/25 ainda é incerto. Com as chuvas irregulares no Brasil, especialmente nas regiões mais produtivas do Centro-Oeste e Sul, os produtores estão em alerta máximo. A janela ideal de plantio é um ponto crucial para o bom desenvolvimento das lavouras e, com o clima ainda sem definição clara, há o risco de comprometer a produtividade da próxima temporada.

Esse fator climático, somado à crescente demanda por soja, tanto no mercado interno quanto no externo, sugere que o ambiente de preços elevados pode se prolongar. No entanto, a decisão de plantar ou não no momento adequado será determinante para definir os rumos do mercado.

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