Demanda firme e tensões globais elevam cotações do óleo de soja, impactando o mercado interno de grãos
O mercado da soja viveu uma semana de forte valorização, impulsionado pela alta nos preços do óleo. O sub-produto, essencial tanto para a indústria alimentícia quanto para o setor de biodiesel, experimentou uma ascensão significativa nas cotações, refletindo uma demanda aquecida em diferentes frentes. Essa movimentação no mercado tem gerado um impacto direto nas cotações da soja em grão, que seguem sustentadas pela valorização do óleo.
A firme demanda pelo óleo tem sido um dos principais motores dessa alta. No Brasil, as indústrias alimentícias e de biodiesel intensificaram as compras, aumentando a competição pelo produto no mercado interno. Além disso, a crescente procura por parte de compradores internacionais tem acirrado a disputa, com destaque para a recente mudança nas estratégias de importação dos estrangeiros.
Outro fator crucial que contribuiu para a alta dos preços foi a greve nas indústrias esmagadoras de soja na Argentina, um dos maiores exportadores mundiais do produto. Essa paralisação fez com que muitos importadores redirecionassem suas compras para o Brasil, pressionando ainda mais os preços no mercado interno.
Na última quinta-feira, o preço do óleo de soja na região de São Paulo, considerando 12% de ICMS, alcançou um patamar histórico, fechando em R$ 6.353,95 tonelada. Este valor representa o maior preço nominal registrado desde 10 de março de 2023, evidenciando a robustez do mercado em meio às turbulências globais.
O cenário atual do mercado de soja no Brasil reflete uma conjuntura de alta demanda e tensões internacionais que têm impulsionado os preços, tanto do grão quanto do óleo. A continuidade dessa tendência dependerá de fatores como a recuperação da produção argentina e a evolução da demanda interna e externa, fatores que seguirão monitorados de perto por produtores e investidores.
AGRONEWS® é informação para quem produz