A declaração ministerial será debatida entre os dias 10 e 13 de setembro, em Mato Grosso e apresentada na Cúpula de Líderes Mundiais em novembro, no Rio de Janeiro
Desde que assumiu a presidência temporária do G20 em 1º de dezembro de 2023, o Brasil lidera uma agenda robusta com mais de 130 reuniões e eventos, culminando na Cúpula de Chefes de Governo e Estado em novembro de 2024, no Rio de Janeiro.
O Grupo de Trabalho (GT) de Agricultura do G20, que inclui representantes das 19 maiores economias mundiais e dois blocos regionais, realizou sua terceira reunião sob a presidência brasileira. Este encontro, coordenado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e com a presença do ministro André de Paula, ocorreu na sede do G20 Brasil, em Brasília. Participaram representantes de aproximadamente 30 países, incluindo membros do G20 e convidados, além de organizações internacionais, para discutir soluções para um futuro sustentável e próspero na agricultura e nos sistemas alimentares.
O futuro da pesca e aquicultura
A reunião teve como foco principal a pesca e a aquicultura, destacando a importância da integração sustentável dessas atividades nas cadeias produtivas locais e globais. A produção pesqueira e aquícola global atingiu um recorde de 214 milhões de toneladas em 2020, concentrada em poucas regiões. O Brasil busca uma distribuição mais equitativa de cotas de captura e oportunidades de desenvolvimento pesqueiro.
Além disso, foram abordados temas relevantes como segurança alimentar, comércio, inovação tecnológica, adaptação às mudanças climáticas e ações contra a fome e a pobreza. As discussões realizadas durante a reunião contribuirão para a declaração ministerial que será debatida entre os dias 10 e 13 de setembro, no Mato Grosso, e posteriormente apresentada na Cúpula de Líderes Mundiais em novembro, no Rio de Janeiro.
Outras atividades
Outras atividades do G20 incluem reuniões sobre finanças, infraestrutura sustentável, mudanças climáticas, inovação tecnológica e saúde global. Em junho e julho, haverá encontros em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, abordando temas como inovação digital, saúde pública e desenvolvimento sustentável.
O direito à privacidade e a proteção de dados estiveram na pauta na reunião do Grupo de Trabalho que trata de Economia Digital no G20, que aconteceu na última segunda-feira (10), em São Luís, no Maranhão. A Reunião de Economia Digital do G20 reuniu especialistas, pesquisadores, representantes do governo brasileiro, membros de importantes organismos internacionais e líderes mundiais para discutir como avançar em um desenvolvimento tecnológico mais justo e sustentável. Veja um resumo de como foi, aperte o play no vídeo abaixo!
Com essa agenda extensa e diversificada, o Brasil visa promover um desenvolvimento mais inclusivo e sustentável, refletindo a crescente importância dos países do Sul Global no cenário mundial.
O que é o G20?
O G20, ou Grupo dos 20, é uma associação internacional formada por 19 países e a União Europeia, criada em 1999 como resposta às crises econômicas que afetaram o mundo na década de 1990, como a crise mexicana de 1994, a crise asiática de 1997 e a crise russa de 1998. Seu objetivo principal é discutir políticas relacionadas à estabilidade financeira internacional e à governança econômica global.
Composição e Importância
Os membros do G20 incluem as maiores economias do mundo, representando aproximadamente 90% do PIB global, 80% do comércio internacional e dois terços da população mundial. O grupo é composto por Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos e a União Europeia.
Estrutura e Funcionamento
O G20 não é uma organização formal como a ONU ou o FMI; é uma associação informal sem secretariado permanente ou sede fixa. As reuniões ocorrem anualmente e são divididas em duas trilhas principais:
- Trilha Financeira: Focada em questões econômicas e financeiras, como políticas monetárias e fiscais, regulamentação financeira, e reformas estruturais. Representantes são, geralmente, ministros da economia e presidentes de bancos centrais.
- Trilha de Sherpas: Coordenada pelos Ministérios das Relações Exteriores, aborda uma gama mais ampla de temas, incluindo desenvolvimento sustentável, mudanças climáticas, comércio e investimentos, saúde global, e políticas sociais.
Objetivos e Temas Relevantes
Os principais objetivos do G20 incluem a promoção da estabilidade financeira internacional, o crescimento econômico sustentável e inclusivo, e a reforma do sistema financeiro global. Temas frequentemente debatidos são a eliminação de restrições ao movimento de capitais, a desregulação de mercados de trabalho, a privatização, a proteção de direitos de propriedade intelectual, e a liberalização do comércio global.
Impacto e Relevância
As decisões e recomendações do G20 influenciam significativamente as políticas econômicas e financeiras globais. As reuniões anuais resultam em compromissos e iniciativas que visam enfrentar desafios econômicos globais, promover o desenvolvimento sustentável e melhorar a cooperação internacional.
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