Pular para o conteúdo

Mercado do boi registra oscilações

  • por

Mercado do boi registra queda semanal, veja mais informações a seguir

O mês de maio foi marcado por uma expressiva variação nos preços do boi gordo em Mato Grosso. Inicialmente, o mercado apresentou uma valorização de 1,18% no comparativo mensal, alcançando uma média de R$ 209,35 por arroba. Entretanto, essa trajetória de alta não se manteve constante ao longo do mês. Após atingir o pico de R$ 214,17/@ no dia 9 de maio, o preço do boi gordo recuou significativamente, fechando o último dia de maio (31) em R$ 202,12/@. Esse movimento representa uma desvalorização de R$ 12,06/@ nas últimas semanas do mês.

A carne bovina no atacado também sentiu os efeitos dessa volatilidade. No fechamento de maio, a carcaça casada bovina foi cotada a R$ 15,71/kg, registrando uma desvalorização de 0,48%. Esse recuo pode ser atribuído à alta disponibilidade da proteína vermelha nas indústrias, resultado de abates que superaram a média histórica.

No curto prazo, a expectativa é de que os abates permaneçam elevados, o que pode continuar pressionando os preços para baixo. No entanto, a demanda externa surge como um fator potencial de equilíbrio para o mercado. O ritmo das exportações será crucial para amenizar a pressão de baixa nos preços causada pelo excesso de oferta. O cenário para os próximos meses depende, portanto, de uma complexa interação entre oferta interna e demanda externa, fatores que continuarão a influenciar as oscilações do preço do boi gordo e da carne bovina no atacado.

Análise do Cepea

acrimat boi

Os preços do boi gordo continuam em tendência de queda desde o início do ano, e junho não trouxe alívio para os pecuaristas. Com a chegada do frio e a escassez de chuvas previstas para os próximos meses em grande parte das regiões, a oferta de gado se acentuou neste período considerado de final de safra. As condições climáticas adversas, caracterizadas pela diminuição das chuvas e o aumento do frio, têm levado muitos pecuaristas a liquidarem seus rebanhos. No acumulado de maio, o Indicador do Boi Gordo CEPEA/B3 já havia registrado uma queda de 3,6%. Na abertura de junho, essa tendência negativa se intensificou, com uma nova redução de 2%.

Pecuaristas em dilema: Vender ou Esperar?

Mesmo com os preços em baixa, muitos pecuaristas, que ainda possuem animais em peso de abate a pasto, optam por vender seus lotes. Segundo agentes do setor, essa decisão é motivada pela necessidade de minimizar perdas, apesar da insatisfação com os preços atuais. No entanto, a situação no mercado não está favorável: frigoríficos em muitas regiões estão com escalas de abate alongadas, o que dificulta a negociação para novos abates.

Com frigoríficos já bem abastecidos, a demanda por novos lotes de boi gordo diminuiu significativamente. Essa situação prolonga as escalas de abate, reduzindo ainda mais o poder de barganha dos pecuaristas. Como resultado, o ponto de equilíbrio entre oferta e demanda tem sido atingido a preços cada vez mais baixos, conforme apontam os pesquisadores.

A liquidez do mercado do boi também recuou, refletindo a dificuldade dos pecuaristas em vender seus animais a preços satisfatórios. A combinação de fatores climáticos, aumento da oferta e a saturação dos frigoríficos formam um cenário desafiador para o setor. Veja mais notícias sobre o mercado do boi clicando aqui.

Mercado Financeiro

  • Preço em queda: com a alta oferta de animais nas indústrias, o preço boi gordo apresentou queda de 2,14% no comparativo semanal e foi comercializado a R$ 202,68/@;
  • Reposição: após a redução nos preços de reposição na semana anterior, o bezerro de 7@s apresentou alta de 1,23% na última semana e foi cotado a R$ 8,96/kg;
  • Escala de abate: com a demanda interna aquém do esperado e a elevada disponibilidade de bovinos para o gancho, a escala de abate se mantém elevada e fechou em 11,33 dias úteis em Mato Grosso.
mercado do boi

AGRONEWS® é informação para quem produz

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *