El Niño e ondas de calor: Impactos profundos no agronegócio
O fenômeno climático El Niño está prestes a atingir seu ápice, segundo a meteorologista Ana Ávila do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp. As consequências desse evento sazonal, que aquece as águas do Oceano Pacífico equatorial, são cruciais, demandando atenção especial dos produtores.
O aumento previsto de 2,5°C na temperatura das águas do Oceano Pacífico equatorial promete intensificar as ondas de calor no Brasil. A meteorologista explica que o bloqueio das frentes frias no sul do país é uma das causas, resultando em condições propícias para temperaturas acima da média. Enquanto a Região Metropolitana de Campinas enfrenta uma onda de calor, surge o questionamento sobre a relação do fenômeno com as mudanças climáticas.
Diante das ondas de calor, o Ministério da Saúde emitiu recomendações especiais, alertando para os riscos, especialmente para grupos vulneráveis como idosos, crianças e portadores de condições médicas específicas. A página informativa busca sensibilizar a população para os perigos iminentes.
O meteorologista Bruno Bainy, também do Cepagri, traz luz à discussão ao explicar a ciência da atribuição climática. Esta área busca estabelecer o impacto da atividade humana na probabilidade de ocorrência de fenômenos específicos. Bainy destaca que as ondas de calor têm uma relação íntima com as mudanças climáticas, apontando para a atribuição de eventos extremos a influências antropogênicas no clima.
Bainy contextualiza o momento atual, coincidente com uma fase da oscilação de Madden-Julian. Esse mecanismo de variabilidade climática, com ciclos que duram algumas semanas, influencia as condições climáticas no Brasil. O meteorologista indica que a parte leste do país enfrentará um período mais seco, mas há expectativas de chuvas mais volumosas a partir do final de semana.
O El Niño, aliado à ciência da atribuição climática, revela um cenário desafiador para o agronegócio. Enquanto os produtores enfrentam ondas de calor intensas, é crucial adotar estratégias adaptativas para minimizar os impactos e garantir a resiliência do setor diante das complexidades climáticas.
Bioma x Identidade Ecológica, incerteza jurídica e suas implicações
Se o conceito de Identidade Ecológica for aceita como critério para reservas ambientais e compensações, todo o processo de licenciamento ambiental, meticulosamente construído ao longo dos anos, precisará ser revisado.
O quadro de Direito Ambiental do Agronews desta semana aborda um tema intrigante e, por vezes, controverso: a “Identidade Ecológica“. Conduzidos pela Dra. Alessandra Panizi, especialista em Direito Ambiental, e com a valiosa participação do Dr. Junior Fernandes, a discussão se aprofunda na complexidade desse conceito aparentemente nebuloso.
Aperte o play no vídeo abaixo e confira a análise completa.
Por Daniele Balieiro/AGRONEWS® com informações Unicamp
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