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A chave para tornar o Brasil líder na transição verde

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A Bioeconomia surge como uma poderosa ferramenta para impulsionar o desenvolvimento sustentável do Brasil, abrindo portas para uma transição verde inovadora e economicamente promissora. Ao aproveitar de forma inteligente e responsável a rica biodiversidade do país, a bioeconomia oferece soluções para diversos setores, desde a agricultura e indústria até a geração de energia e conservação ambiental.

Bioeconomia: Oportunidades e desafios na construção de uma agenda estruturada

Uma agenda estruturada de bioeconomia é essencial para que o Brasil alcance todo o seu potencial nesse campo. Para isso, é fundamental unir esforços de diferentes setores e atores, buscando um denominador comum que impulsione o desenvolvimento sustentável em todos os biomas brasileiros.

Talita Priscila Pinto, coordenadora do Observatório de Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV), destaca a importância de identificar e superar os desafios, como a falta de padronização e definição clara do que é bioeconomia. A especialista ressalta que a bioeconomia representa um universo de possibilidades para o Brasil, que já possui iniciativas implementadas e pode ampliá-las, gerando benefícios tanto internos quanto para o mundo. “É um caminho a ser seguido de forma estruturada”, afirma.

A bioeconomia se baseia na ciência e na tecnologia para promover transformações significativas. Um exemplo inspirador é o setor de papel e celulose, que se reinventou e se tornou fundamental para a economia global, oferecendo alternativas sustentáveis ao plástico e transformando resíduos em ativos valiosos.

Bioeconomia: A chave para tornar o Brasil líder na transição verde
Marcello Brito, secretário-executivo do Consórcio Amazônia Legal

Durante o Webinar ABAGTALKS Caminhos da bioeconomia para a COP30, promovido nesta segunda-feira, dia 17 de junho, pela ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio), Marcello Brito, secretário-executivo do Consórcio Amazônia Legal, enfatizou a importância de uma mudança de mentalidade em relação à bioeconomia. Ele destaca o potencial do Brasil para se inserir no mercado global de forma mais assertiva, utilizando seus ativos ambientais para impulsionar a agenda da bioeconomia, que abrange mineração responsável, sistemas alimentares sustentáveis, energia renovável e novos processos industriais.

COP 30: Oportunidade para o Brasil liderar a discussão global

Continuando a discussão, Marcello Brito ressaltou a importância de o Brasil se engajar ativamente nas discussões sobre agricultura regenerativa, que ganharam destaque na COP28 e devem ter seus conceitos básicos lançados na COP 30. Ele expressou preocupação com a falta de participação brasileira nesses diálogos, afirmando: “O Brasil não está participando atualmente desses diálogos.

Talita, por sua vez, complementou a fala de Brito, enfatizando a necessidade de um planejamento estratégico abrangente para a bioeconomia, que contemple diversas áreas e seja estruturado com metas e indicadores claros. Ela defendeu que essa organização interna é fundamental para que o Brasil apresente uma agenda nacional bem definida na COP 30, em vez de ter sua agenda definida por outros países. “Ter essa organização interna contribui para que a agenda nacional seja apresentada e não definida, como é hoje“, concluiu Talita.

A COP 30, que será realizada em Belém, no Pará, em 2025, representa uma oportunidade única para o Brasil apresentar sua agenda de bioeconomia e liderar a discussão global sobre desenvolvimento sustentável. É crucial que o país se prepare para o evento, construindo uma agenda estruturada, com metas e indicadores claros, que demonstrem o compromisso do Brasil com a bioeconomia e seu potencial para impulsionar um futuro mais verde e próspero.

Juntos por um futuro sustentável

A bioeconomia oferece um caminho promissor para o Brasil construir um futuro mais sustentável, impulsionando o desenvolvimento econômico e social em harmonia com a natureza. Ao unir esforços, investir em ciência e tecnologia, e construir uma agenda estruturada, o país pode se tornar um líder global na transição verde e inspirar o mundo com soluções inovadoras e sustentáveis.

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Sobre ABAG

A Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) foi criada em 1993 com o objetivo de estabelecer dentro do agronegócio brasileiro uma organização no processo de desenvolvimento sustentável, aproximando o setor, e todos os seus stakeholders, da economia nacional e internacional. É a única associação que congrega todos os elos da cadeia, do campo à indústria, distribuição e serviços, sendo fundamental para o fortalecimento do sistema agroindustrial e das relações com o governo, iniciativa privada, entidades de classe e instituições de ensino. Com mais de 75 associados e uma forte presença no calendário de eventos do agronegócio, a ABAG traz também informações através de palestras, entrevistas, debates, fóruns, congressos, workshops e feiras, que são fundamentais para o avanço do mercado e de nossos profissionais.

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