Enquanto o mercado interno de algodão enfrenta uma calmaria nas negociações, as exportações do produto estão em pleno vapor neste mês de março.
A dinâmica do comércio internacional mostra um ritmo impressionante, refletindo uma mudança de foco dos agentes brasileiros em busca de oportunidades além-fronteiras.
Em apenas 11 dias úteis do mês corrente, as exportações brasileiras de algodão já atingiram a marca de 125,03 mil toneladas, marcando um salto extraordinário de 65% em comparação com todo o mês de março do ano anterior. Esse desempenho vertiginoso representa uma média diária de exportação de 11,366 mil toneladas, quase quatro vezes superior à registrada no mesmo período do ano passado, que foi de apenas 3,296 mil toneladas.
O cenário se estende além do mês atual. Na parcial da safra 2022/23, que vai de agosto de 2023 até a parcial de março de 2024, o Brasil já enviou ao exterior 1,754 milhão de toneladas de algodão. Esse valor representa um incremento de 21,1% em relação à quantidade embarcada durante toda a temporada 2021/22, que foi de 1,45 milhão de toneladas, no período de agosto de 2022 a julho de 2023.
Especialistas apontam que o aumento significativo nas exportações se deve, em grande parte, à valorização internacional do algodão. Diante desse cenário favorável, muitos agentes do mercado brasileiro têm redirecionado seus esforços para estabelecer novas negociações com parceiros no exterior. Isso inclui não apenas a pluma atual, mas também a fibra das próximas safras, evidenciando uma visão estratégica e de longo prazo por parte dos produtores e exportadores.
O crescimento impressionante das exportações de algodão brasileiro é um testemunho não apenas da qualidade do produto nacional, mas também da resiliência e adaptabilidade dos atores do agronegócio frente aos desafios do mercado global. Enquanto o comércio interno pode enfrentar períodos de estagnação, as oportunidades além das fronteiras se apresentam cada vez mais atrativas e promissoras para o setor.
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