Veja os indicadores da tilápia nas principais regiões produtoras do Brasil e confira os fatos que mais impactaram o setor nessa semana
No panorama atual do mercado de peixes de cultivo no Brasil, a indústria tem vivenciado uma série de desenvolvimentos significativos, conforme apresentado por Francisco Medeiros, presidente da Peixe BR. A análise do mercado, abrangendo aspectos como preços, demanda, e políticas governamentais, revela um cenário dinâmico e desafiador para os produtores e consumidores de peixes cultivados.
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Mercado da tilápia
O indicador Cepea Peixe BR da tilápia na Região dos Grandes Lagos, São Paulo e Mato Grosso do Sul, mostrou um cenário estável, com o preço médio em R$ 9,61 por quilo. Observações semelhantes foram feitas no norte do Paraná, onde o preço se manteve em R$ 10,01 por quilo. No entanto, algumas regiões experimentaram leves recuos nos preços, como o Oeste do Paraná, Morada Nova de Minas, e o Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, com ajustes variando entre R$ 0,01 e R$ 0,04 centavos, refletindo a complexidade do mercado e a sensibilidade às variações regionais.
Aquecimento do mercado e tendências de consumo
A demanda por peixes de cultivo tem se mostrado vigorosa, com os frigoríficos registrando um aumento significativo nas compras e vendas. Este aquecimento é particularmente notável nas semanas que antecedem a Semana Santa (24 a 30 de março), um período tradicionalmente favorável ao consumo de pescado no Brasil. Durante esta época, observa-se não apenas um aumento na atividade comercial, mas também preços ligeiramente elevados, refletindo a alta demanda.
Um aspecto interessante destacado é a redução do peso médio de abates, indicando uma adaptação dos frigoríficos às preferências do mercado, potencialmente visando atender a uma demanda por porções menores ou à necessidade de otimizar o estoque frente a um período de vendas intensas.
Políticas governamentais e competitividade
A inclusão do pescado na cesta básica, após ação rápida e efetiva da Peixe BR junto ao governo, é uma notícia de grande relevância para o setor. Este movimento, resultado de uma reforma tributária recente, visa não apenas assegurar a acessibilidade do pescado aos consumidores brasileiros, mas também manter a competitividade do setor em um cenário de mudanças legislativas. A adequação às leis complementares e a luta pela inclusão nesse momento crítico sublinham a importância da advocacia setorial para a sustentabilidade e crescimento da aquicultura no Brasil.
À medida que nos aproximamos da Semana Santa, espera-se que o mercado de peixes de cultivo continue aquecido, com os produtores e varejistas se preparando para atender à demanda elevada. A interação entre as tendências de mercado, as adaptações dos produtores e as políticas governamentais desempenhará um papel crucial na definição do futuro imediato do setor.
Este cenário reforça a importância de uma vigilância contínua sobre os fatores que influenciam o mercado de peixes de cultivo no Brasil, bem como a necessidade de uma colaboração eficaz entre o setor privado e o governo para garantir que os benefícios da aquicultura possam ser plenamente aproveitados pelos produtores e pela população brasileira.
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