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Planta tóxica mata cerca de 42 mil bovinos por ano no RS

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Com uma letalidade de praticamente 100%, está e uma verdadeira ameaça ao rebanho Gaúcho. Conheça a planta tóxica responsável pela morte de 42 mil cabeças de gado anualmente, um prejuízo silencioso

Planta tóxica e os desafios na pecuária do RS

A pecuária do Rio Grande do Sul enfrenta uma ameaça silenciosa, mas devastadora: a planta conhecida como “Maria-mole”. Recentemente, a Secretaria de Agricultura do Estado lançou um alerta preocupante, revelando que esta planta, da espécie Senecio madagascariensis, está ligada à morte de 30 mil a 42 mil cabeças de gado por ano. Este fenômeno alarmante foi destacado em um evento promovido pela Emater-RS.

Planta tóxica mata cerca de 42 mil bovinos por ano no RS
Pesquisador Fernando Karam estuda o tema desde 1997 | Foto: Arquivo Pessoal / CP

O pesquisador Fernando Castilhos Karam, do Laboratório de Histopatologia do Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor, enfatiza que as plantas do gênero Senecio, em especial a Maria-mole, são as mais significativas no estado quando se trata de toxicidade, causando sérios prejuízos à cadeia produtiva da bovinocultura. Ele destaca que “a letalidade é praticamente 100%“, tornando essa planta um desafio crítico para a indústria pecuária gaúcha.

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Uma ameaça ambiental e climática

A Maria-mole é uma planta resistente e, de acordo com Karam, sua prevalência está relacionada a fatores ambientais e fenológicos. A planta tóxica prospera em condições de umidade e tornou-se a principal causa de morte de bovinos no Estado. Um dos fatores que contribuem para a ingestão é a lotação animal superior à oferta de pasto, algo comum no outono/inverno, quando a maioria das espécies está em crescimento, apresentando um teor tóxico mais elevado.

Planta tóxica mata cerca de 42 mil bovinos por ano no RS
Planta forma banco de sementes no solo, com medidas de controle mais difíceis | Foto: Fernando Karam / Divulgação Seapi / CP

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