No mercado do algodão, exportações da pluma em Mato Grosso teve recuo
Mato Grosso, gigante do agronegócio, exportou 128,50 mil toneladas de pluma da safra 2022/23 em outubro de 2023, revela a Secex. Embora esse volume seja 31,02% superior ao registrado em setembro, representa uma queda de 20,08% em comparação ao mesmo período de 2022. Essa redução anual, notavelmente, foi impulsionada pelo recuo nas importações de países como Paquistão, Bangladesh e Turquia.
A redução nas importações desses grandes consumidores contribuiu para uma queda anual de 1,06% no acumulado dos envios do ciclo 2022/23 (ago/23 a out/23), totalizando 275,76 mil toneladas de fibra. Destaca-se a China, principal comprador da pluma mato-grossense, que, mesmo sinalizando uma recuperação na demanda, enfrenta desafios diante da diminuição das importações por parte de outros importantes países consumidores.
A China se destaca como protagonista, respondendo por 60,80% dos envios acumulados. Apesar da melhora na demanda chinesa, a movimentação das importações dos países que reduziram suas compras é um ponto de atenção. Esses países, entre os cinco maiores consumidores da pluma mato-grossense, têm o potencial de enfraquecer os envios do estado.
Ainda mais desafiador, os valores do algodão em pluma continuam em queda no mercado interno. Essa tendência de baixa está diretamente ligada à flexibilidade de alguns vendedores, enquanto parte dos cotonicultores mantém firmeza nos preços, especialmente para a pluma de qualidade superior. Produtores capitalizados e/ou com boa parte da safra 2022/23 já comprometida resistem às pressões do mercado do algodão.
Do lado comprador, agentes ativos no mercado interno buscam adquirir novos lotes a preços mais acessíveis. Contudo, o desacordo persistente entre valores e qualidade dos lotes limita a liquidez no mercado interno.
Na análise anterior diz, “No início do mês de novembro, os preços do algodão em pluma voltaram a operar abaixo de R$ 4 por libra-peso. Uma das principais causas dessa queda foi a pressão vinda dos valores externos, que afetaram diretamente o mercado interno. A situação nos mercados externos, juntamente com a paridade de exportação, influenciou negativamente os preços internos do algodão”. Clique aqui para ver mais desta análise.
Bioma x Identidade Ecológica, incerteza jurídica e suas implicações
Se o conceito de Identidade Ecológica for aceita como critério para reservas ambientais e compensações, todo o processo de licenciamento ambiental, meticulosamente construído ao longo dos anos, precisará ser revisado.
O quadro de Direito Ambiental do Agronews desta semana aborda um tema intrigante e, por vezes, controverso: a “Identidade Ecológica“. Conduzidos pela Dra. Alessandra Panizi, especialista em Direito Ambiental, e com a valiosa participação do Dr. Junior Fernandes, a discussão se aprofunda na complexidade desse conceito aparentemente nebuloso.
Aperte o play no vídeo abaixo e confira a análise completa.
Por Daniele Balieiro/AGRONEWS®
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