No mercado da pecuária de leite, preço pago ao produtor permanece em queda, veja mais informações a seguir
O setor em Mato Grosso enfrenta desafios significativos, com preços em queda e margens de lucro se estreitando. Setembro trouxe consigo a notícia de que o preço médio atingiu R$ 1,92/l no estado, marcando uma retração de 9,34% em relação a agosto do mesmo ano e uma drástica queda de 33,21% em relação a setembro do ano anterior. Esta é a 4° queda consecutiva e o valor mais baixo desde março de 2022, segundo dados do Imea.
A situação torna-se ainda mais preocupante ao considerar a tendência nacional, uma vez que, de acordo com o Cepea, o preço médio do leite no Brasil em setembro de 2023 foi de R$ 2,05/l, representando uma queda de 8,85% em relação ao mês de agosto. Vamos explorar as razões por trás dessa queda de preços e como isso impacta o setor da pecuária de leite em Mato Grosso.
A queda de preços no leite em Mato Grosso e em todo o Brasil é explicada por um aumento significativo na oferta de produtos lácteos no mercado interno. A produção nacional, especialmente nos estados do Sul do país, tem crescido consideravelmente. Além disso, a elevada quantidade de importações de lácteos ao longo do ano também exerce pressão sobre os preços. A combinação desses fatores cria um ambiente desafiador para os produtores de leite.
Com a chegada das chuvas neste último trimestre, a pressão sobre os preços do leite tende a persistir em Mato Grosso, devido ao aumento da produção no período chuvoso. Este desafio adicional complica ainda mais a situação para os produtores locais.
Custo Operacional Total (COT) em Queda
Por outro lado, nem tudo são más notícias. No terceiro trimestre, o Custo Operacional Total (COT) da pecuária de leite atingiu R$ 1,95/l em Mato Grosso, de acordo com o Projeto Rentabilidade no Meio Rural do Senar-MT. Este valor representa a menor despesa registrada ao longo de 2023, com uma redução notável de 6,68% em comparação com o segundo trimestre. Essa diminuição no custo operacional foi impulsionada principalmente pela queda de 17,30% nos custos com insumos do grupo de suplementação mineral e uma redução de 12,36% nos custos com o grupo de insumos concentrados, ambos em relação ao segundo trimestre.
No entanto, mesmo com a redução dos custos operacionais, o valor recebido pelos produtores em Mato Grosso também diminuiu, com uma média de preço de R$ 2,06/l no terceiro trimestre de 2023. Isso representa uma queda de 9,25% em relação à média do segundo trimestre. Embora ainda haja uma margem positiva ao comparar esses dois indicadores, ela tem diminuído consideravelmente, passando de R$ 0,18/l no segundo trimestre para R$ 0,10/l no terceiro trimestre. Isso revela a dinâmica de estreitamento no estado devido à queda mais expressiva no preço do leite em relação aos custos de produção.
Os produtores em Mato Grosso estão enfrentando desafios significativos, com preços em constante queda e margens de lucro se estreitando. A pressão sobre os preços tende a persistir com a chegada das chuvas, e embora haja uma redução nos custos operacionais, os produtores ainda enfrentam dificuldades.
Existe um consenso na sociedade e entre profissionais da saúde de que a principal causa de intolerância é a produção insuficiente da enzima lactase
Entretanto, o National Institutes of Health, nos EUA, mostrou que “muitas pessoas que relatam ser intolerantes à lactose não apresentam nenhuma evidência de mal absorção de lactose. Sendo assim, é improvável que as causas dos sintomas gastrointestinais apresentados por elas estejam relacionados à lactose”. Como um mecanismo alternativo, vêm surgindo fortes evidências de que a beta-casomorfina-7 bovina (BCM-7), derivada das beta-caseínas A1 (proteínas do leite) esteja relacionada aos quadros de intolerância.
Cerca de 80% de todo o conteúdo proteico são caseínas. As caseínas são proteínas (polipeptídeos) formadas por uma cadeia constituída de 209 aminoácidos. Entre as estruturas orgânicas da caseína, podemos dividi-las em quatro grandes grupos: alfa S1 (30-46% das caseínas), alfa S2 (8-11%), beta (25-35%) e kappa (8-15%). Dessas, as beta-caseínas são dividas em 13 variantes conhecidas: A1, A2, A3, B, C, D, E, F, H1, H2, I e G. Essas variantes são caracterizadas por diferenças mínimas de composição dos aminoácidos na cadeia proteica. As formas mais comuns no leite dos bovinos são as beta-caseínas A1 e A2. Finalmente, chegamos onde queríamos. Clique aqui para ver a notícia na íntegra.
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Por Daniele Balieiro/AGRONEWS®
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