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Liquidez da soja no mercado segue em queda

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No mercado da soja, podemos ter safra recorde, mesmo enfrentando irregularidades climáticas

Na última semana, observamos uma tendência preocupante no mercado interno de soja. A disparidade entre os valores de compra e venda tem diminuído consideravelmente, afetando a liquidez do setor.

Com as condições climáticas do país marcadas por irregularidades, eles estão priorizando as atividades de campo. A incerteza sobre as próximas semanas em relação ao clima tornou-os cautelosos em relação à venda de grandes volumes no mercado interno. O medo de perder parte de sua colheita devido a eventos climáticos adversos os leva a adotar uma abordagem conservadora em relação à comercialização.

soja

O excedente da safra 2022/23 aliado à perspectiva de chuvas nas principais regiões do país nos próximos dias está contribuindo para a sensação de que a produção de soja na temporada 2023/24 será recorde.

À medida que o mercado se ajusta à disparidade de preços e à incerteza climática, as perspectivas para a temporada 2023/24 estão ganhando destaque. A possibilidade de uma produção recorde de soja é cada vez mais concreta, mas as condições climáticas continuarão sendo um fator crítico. As expectativas de chuvas nas próximas semanas podem impactar significativamente a produção de soja, adicionando um elemento de suspense a esse cenário agrícola.

Média de plantio de soja em Mato Grosso é a menor dos últimos 5 anos, afirma Aprosoja

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Chuvas registradas em alguns municípios permitiram o plantio, mas cenário geral ainda é preocupante, pontua Aprosoja

O plantio de soja em Mato Grosso chegou a 70% dos 12 milhões de hectares previstos para esta safra 2023/24, após um mês de início da semeadura. Contudo, esse valor é o menor dos últimos 5 anos registrados no Estado, segundo os dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Segundo o monitoramento divulgado nesta sexta-feira (27), a média dos últimos 5 anos indica o plantio em 71,65% da área. Já com relação ao ano passado, o recuo é ainda maior, uma vez que, no ano passado, nessa mesma época, 83,45% tinham sido plantados. 
 
De acordo com o Instituto, as regiões nordeste, sudeste e norte são as que têm maior atraso, sendo 48,88%, 51,92% e 66,79%, respectivamente.
 
A situação, reforça a Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), é preocupante porque as chuvas ainda não se regularizaram e com isso tem produtor começando agora o plantio em sua fazenda. É o que relata vice-coordenador de Defesa Agrícola, Jorge Diego Giacomelli, sobre a região Sul do Estado.

Em sua propriedade mesmo, pontua Giacomelli, 50% da área foi plantada até que as atividades pararam por 10 dias, por conta da falta de chuvas. A previsão agora é que o plantio seja finalizado neste sábado (28), após algumas ocorrências de chuvas. Mas ainda assim, foi preciso pensar em uma forma de minimizar o problema.

“Colocamos um pouco mais de semente por hectare, prevendo o clima atípico e foi uma decisão assertiva porque muitas sementes não germinaram, algumas germinaram, mas com o calor excessivo e a fata de chuva, houve a degola, e foram perdidas muitas plantas”, diz.

O cenário já indica um prejuízo para os produtores, comenta o vice-coordenador. A questão é aguardar para saber qual a dimensão desse prejuízo.

O produtor sinaliza ainda outras preocupações, como os efeitos do plantio realizado dentro do vazio sanitário, após a autorização do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

“A nossa preocupação fica também com relação aos plantios feitos dentro do vazio sanitário por conta da autorização do MAPA, 5% do Estado foi semeado nesse período, além das demais lavouras que foram semeadas com bastante atraso com relação a essas, terão dificuldades com o controle do fungo de ferrugem asiática no final desse ciclo”, indica.

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