No mercado da soja, desafios climáticos e a valorização do dólar elevam os preços no mercado interno, veja mais:
As chuvas irregulares que têm castigado algumas regiões do Centro-Oeste e Sudeste do Brasil trouxeram um desafio significativo para os produtores na safra 2023/24. O ritmo da semeadura foi afetado, criando um cenário de incerteza nos campos.
Paralelamente, a valorização do dólar em relação ao real contribuiu para um aumento nos preços da soja. Esta conjuntura econômica teve um impacto notável na última semana e se revelou um fator decisivo na estabilidade dos preços ao longo do mês de setembro.
No mercado internacional, a colheita da safra 2023/24 nos Estados Unidos (EUA) avançou, exercendo pressão sobre as cotações futuras em setembro. Entretanto, a piora nas condições das lavouras americanas e uma demanda firme por soja dos EUA mantiveram os preços sustentados na última semana do mês.
Em Mato Grosso, um dos principais estados produtores da soja no Brasil, a semeadura da safra 2023/24 alcançou 4,19% das áreas previstas. Embora isso represente um avanço de 2,37 pontos percentuais em relação à semana anterior, as condições climáticas desafiadoras, incluindo chuvas abaixo da média e altas temperaturas, limitaram o ritmo da semeadura. Como resultado, os agricultores estão 2,10 pontos percentuais atrás do mesmo período do ano passado.
Ao analisar as regiões do estado de Mato Grosso, a região oeste se destaca, com 11,02% das áreas previstas já semeadas. As previsões meteorológicas indicam que nos próximos quinze dias, a maioria do estado poderá receber volumes de chuvas entre 5 e 15 mm, o que pode ser benéfico para acelerar os trabalhos no campo. No entanto, as preocupações persistem em relação à distribuição das precipitações e aos volumes de chuvas em algumas regiões que ainda estão abaixo do necessário.
Na análise anterior, “Os preços no mercado interno enfrentaram uma queda significativa na última semana, e a principal causa desse declínio foi a desvalorização da oleaginosa nos mercados internacionais. Esta desvalorização foi impulsionada por uma série de fatores que estão afetando o setor globalmente. Nos EUA, embora a oferta da soja seja a menor em 04 (quatro) anos, a colheita está progredindo a um ritmo acelerado. Isso cria uma pressão adicional sobre os preços, já que a maior oferta interna contribui para a queda nas cotações do grão. Além disso, a recente valorização do dólar em relação ao real tornou as commodities americanas menos atrativas para os importadores, reduzindo ainda mais a demanda externa pela soja”. Clique aqui para ver mais desta análise.
Marco Temporal, uma questão complexa e atual
No quadro de Direito Ambiental, a Dra. Alessandra Panizi esclarece sobre um tema de grande relevância: o Marco Temporal da demarcação de terras indígenas
Recentemente, foi aprovado no Senado o projeto de lei 2903/2023, que estabelece o Marco Temporal e introduz outras regulamentações cruciais para essa questão. Aperte o play no vídeo abaixo e confira a análise completa.
Por Daniele Balieiro
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