Mercado da soja, desvalorização no mercado externo abala os preços no mercado interno, confira maiores informações:
Os preços da soja no mercado interno enfrentaram uma queda significativa na última semana, e a principal causa desse declínio foi a desvalorização da oleaginosa nos mercados internacionais. Esta desvalorização foi impulsionada por uma série de fatores que estão afetando o setor globalmente.
Nos Estados Unidos (EUA), embora a oferta da soja seja a menor em 04 (quatro) anos, a colheita está progredindo a um ritmo acelerado. Isso cria uma pressão adicional sobre os preços, já que a maior oferta interna contribui para a queda nas cotações do grão. Além disso, a recente valorização do dólar em relação ao real tornou as commodities americanas menos atrativas para os importadores, reduzindo ainda mais a demanda externa pela soja brasileira.
Apesar das atuais preocupações com os preços da soja, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou projeções animadoras para a safra 2023/24 no Brasil. Estas projeções apontam para recordes tanto na área plantada quanto na produção.
A projeção da Conab indica que o Brasil cultivará uma área de 45,30 milhões de hectares, representando um aumento de 2,77% em comparação com a safra anterior (2022/23). Este crescimento é particularmente notável em estados como Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná, que experimentaram aumentos de 2,70%, 1,80%, 1,00% e 0,80% em suas áreas de cultivo, respectivamente. Esse incremento é resultado da abertura de novas áreas e das perspectivas favoráveis para uma “safra cheia” nos estados do sul do país, graças à melhoria nas condições climáticas em comparação com o ano anterior.
A Conab também projeta um aumento significativo na produtividade da soja, com um crescimento inicial de 22,22% em relação à safra anterior (2022/23), que foi estimada em 59,77 sacas por hectare. Isso implica em uma projeção recorde da produção brasileira de 162,43 milhões de toneladas. No entanto, é importante notar que a safra ainda está em seu estágio inicial, e as condições climáticas continuam incertas, principalmente no Centro-Oeste, onde são esperados níveis de chuva abaixo da média histórica, de acordo com o NOAA.
Apesar da desvalorização externa e das incertezas climáticas, o setor de agronegócios no Brasil continua a apresentar perspectivas promissoras para a safra de soja 2023/24. Com um aumento na área plantada, altas expectativas de produtividade e uma projeção de produção recorde, os agricultores brasileiros estão otimistas quanto ao futuro, enquanto monitoram de perto os desenvolvimentos globais que afetam os preços da soja no mercado internacional.
Na análise anterior, “O clima favorável no início da semeadura tem alimentado esperanças para o produtor, mas eles não ignoram os desafios que podem surgir decorrente do fenômeno El Niño. As expectativas são altas, com a possibilidade de uma safra recorde. De acordo com o recente relatório de oferta e demanda do USDA, diz que a área de cultivo de soja no Brasil está projetada em 45,6 milhões de hectares para a safra 2023/24. Esse número representa um aumento de 4% em comparação com a safra anterior, o que significa um potencial recorde se as estimativas se concretizarem”. Clique aqui para saber mais desta análise.
Prorrogação do Termo de Compensação de Reserva Legal
Novas oportunidades para agricultores
No quadro de Direito Ambiental desta semana, a Dra. Alessandra Panizi traz uma atualização importante para os agricultores que assinaram o Termo de Compensação de Área de Reserva Legal. Esta é uma oportunidade significativa para aqueles que têm déficit de área de reserva legal e buscam cumprir com suas obrigações ambientais. Portanto, fiquem atentos, pois esta notícia pode impactar positivamente sua propriedade. Aperte o play no vídeo abaixo e confira a análise completa.
Por Daniele Balieiro/AGRONEWS®
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