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Preço do leite em queda preocupa produtores

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No mercado da pecuária de leite, preço do leite pago aos produtores segue em queda, confira!

Os pecuaristas enfrentaram uma queda de 2,16% no preço pago por litro de leite em julho de 2023 em relação ao mês anterior. Esse revés contraria a tendência de anos anteriores, quando o setor costumava ver valorizações nesse comparativo. Neste artigo, exploraremos as razões por trás dessa queda, os impactos da entressafra, e as perspectivas para o mercado do leite no Brasil e globalmente.

O preço médio do leite fechou em R$ 2,12 por litro, deixando muitos produtores preocupados. Tradicionalmente, o período de seca, que se estende de junho a setembro no Brasil, costumava trazer variações positivas nos preços do leite. No entanto, em 2023, essa tendência foi invertida, com a média do preço praticado em junho e julho sendo 2,47% menor em comparação com o período das águas (outubro de 2022 a maio de 2023). Isso representa uma mudança significativa em relação a 2021 e 2022, quando o preço era 10,16% e 44,38% superior, respectivamente, nesse comparativo.

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Além da queda nos preços, a captação de leite também apresentou um desempenho aquém do esperado. Em julho de 2023, o indicador atingiu 45,12 pontos, o que representa uma redução de 12,56 pontos percentuais em relação a maio de 2023, que marca o final do período chuvoso. Essa queda na captação agravou ainda mais a situação dos produtores de leite.

O cenário de recuo nos preços durante a entressafra gera grande preocupação na cadeia leiteira de Mato Grosso e em todo o Brasil. O próximo mês (outubro) marca o início do período chuvoso, que sazonalmente traz um aumento na quantidade de leite captado. No entanto, essa maior oferta costuma resultar em preços mais baixos devido à ampla disponibilidade, o que pode afetar negativamente os produtores.

Olhando para o cenário internacional, as estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicam que o consumo mundial de leite em pó pode chegar a 3,69 milhões de toneladas e as importações a 1,18 milhão de toneladas em 2023. Isso representa uma queda de 0,81% e 7,95%, respectivamente, em relação ao ano de 2022. A China, maior consumidora e importadora global de lácteos, registrou uma queda de 2,98% no consumo devido à desaceleração econômica do país. A produção chinesa, no entanto, teve um aumento de 11,90%, resultando em uma diminuição de 21,43% nas importações chinesas em relação ao ano de 2022.

No caso do Brasil, as projeções apontam para um aumento de 8,70% no consumo interno e um impressionante avanço de 64,00% nas importações em relação ao ano anterior, totalizando 700,00 mil toneladas e 135,00 mil toneladas, respectivamente. Além disso, os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) sobre a importação de leite em pó de janeiro a julho de 2023 representam 85,03% do volume projetado pelo USDA. Isso levanta a possibilidade de um ajuste para cima nas estimativas do Departamento para a importação brasileira em 2023.

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No quadro de Direito Ambiental do portal Agronews desta semana, continuamos a explorar o polêmico tema do Marco Temporal para a demarcação de terras indígenas. No entanto, desta vez, também abordaremos o Projeto de Lei 490/2007 e suas emendas, que oferece a oportunidade de conciliar dois objetivos aparentemente conflitantes: garantir a segurança jurídica para aqueles que ocupam áreas em disputa e proteger as comunidades indígenas tradicionais em seus territórios.

Para esclarecer os detalhes e ampliar o entendimento sobre estas questões, a Dra. Alessandra Panizi – especialista em Direito Agroambiental faz uma análise deste tema. Aperte o Play e confira!

Por Daniele Balieiro/AGRONEWS®

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