No mercado do milho, produtores priorizam colheita e semeadura, veja maiores informações a seguir:
Preços seguem estáveis, apesar de liquidez reduzida. Desde o início da segunda quinzena de agosto, o indicador do milho tem se mantido na faixa dos R$ 53 por saca de 60 kg. Essa estabilidade reflete a dinâmica atual, onde os produtores concentram seus esforços nas atividades de campo, com a colheita chegando à reta final em muitas regiões e o início da semeadura para a temporada de verão 2023/24 no Rio Grande do Sul e no Paraná.
No cenário atual, observa-se uma diferenciação marcante entre os vendedores ativos. Uma parcela desses produtores opta por negociar o milho a patamares inferiores, buscando a liberação de armazéns e capitalização imediata. Enquanto isso, outros produtores optam por se manter afastados, aguardando que as recentes valorizações nos portos sejam repassadas ao mercado interno.
Do lado da demanda, os consumidores permanecem estocados e/ou recebendo o milho negociado antecipadamente. Esse comportamento é um indicativo da estabilidade na demanda interna, que continua a sustentar o mercado.
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) lançou as primeiras projeções para a temporada 2023/24 de milho em Mato Grosso, um dos principais estados produtores do Brasil.
De acordo com o Imea, a área plantada de milho para a temporada futura foi estimada em 7,28 milhões de hectares, refletindo um recuo de 2,81% em relação à safra anterior (2022/23). Essa redução significativa na área plantada foi impulsionada pela desmotivação dos produtores, que enfrentaram a queda nos preços do cereal e o aumento dos custos de produção.
As projeções também incluem uma estimativa de produtividade para a safra 2023/24 de 103,70 sacas por hectare. Como resultado, a produção final de milho para o ciclo futuro foi projetada em 45,30 milhões de toneladas, representando uma queda substancial de 13,76% em comparação com o ciclo passado.
Essa redução na produção terá um impacto significativo na oferta de milho em Mato Grosso, que deverá diminuir em 8,38% em relação à safra anterior, totalizando 46,44 milhões de toneladas. Essa diminuição da oferta, aliada à expectativa de menor escoamento (12,25%) para a temporada futura, estimado em 27,21 milhões de toneladas, contribui para uma complexa dinâmica de oferta e demanda.
Outro fator importante a considerar é a influência climática, com a confirmação do fenômeno El Niño para o ciclo, o que levanta expectativas de retomada da produção no Sul do Brasil. Isso resultou em uma baixa de 10,90% no consumo interestadual de milho, à medida que os produtores locais se preparam para aumentar sua produção.
No fechamento do mês, os estoques finais para a safra em Mato Grosso atingiram a marca de 889,91 milhões de toneladas, refletindo os desafios enfrentados pelo setor. A situação atual apresenta um cenário de mercado delicado, com produtores, compradores e analistas atentos às próximas movimentações e ajustes necessários para garantir a estabilidade no setor de milho.
Na análise anterior, “O preço do milho em Mato Grosso surpreendeu o mercado, atingindo uma média de apenas R$ 34,23 por saca, marcando uma desvalorização alarmante de 44,83% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando estava precificado em R$ 62,05 por saca. Esta drástica queda de preço deve-se, sobretudo, à crescente oferta do cereal no mercado interno. Além disso, as negociações deste ciclo estão atrasadas em comparação com safras anteriores, o que adiciona pressão adicional às cotações”. Clique aqui para ver mais desta análise.
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Por Daniele Balieiro/AGRONEWS®
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