Esse foi o alerta publicado no Twitter pelos Centros de Controle de Doenças dos EUA (CDCs, na sigla em inglês, ou a agência de proteção à saúde), advertindo que lavar a carne da ave antes de cozinhá-la pode fazer com que micróbios se espalhem por outros alimentos e utensílios de cozinha.
A recomendação gerou um debate acalorado, entre os que agradeceram a dica, os que a rejeitaram – afirmando não confiar na higiene das embalagens de frango – e os que ironizaram, achando-a excessivamente alarmista ou agregando que bastaria limpar a pia depois de limpar o frango para acabar com as bactérias.
O CDC manteve, porém, sua recomendação original, afirmando que não era necessário criar pânico em torno do tema mas lembrando que a melhor forma de limpar uma ave é cozinhando-a bem.
“Não se deve lavar nem o frango nem outras carnes ou ovos antes de cozinhá-los. Isso pode propagar micróbios por toda a cozinha”, diz o órgão.
A Agência de Regulamentação Alimentar do Reino Unido (FSA, na sigla em inglês) também havia advertido que lavar o frango antes do cozimento aumenta o risco de propagação da bactéria campylobacter nas mãos, nas superfícies e utensílios de cozinha e até na roupa, pelas gotas de água que se espalham.
Hábito e boatos
A advertência ocorreu pouco depois de uma pesquisa identificar que 44% dos britânicos lavavam a carne crua, seja porque acreditavam estar eliminando germes ou simplesmente por hábito. No Brasil, também circulam rotineiramente alertas sugerindo, erroneamente, que as pessoas lavem as aves antes de cozinhar.
A bactéria campylobacter, citada pelo FSA, é por sinal uma das causas mais comuns de intoxicação alimentar – causando dores abdominais, diarreia, febre, náuseas e vômito – e está presente em carnes e vegetais crus ou leites não pasteurizados.
A forma mais eficaz de combatê-la, informa a OMS (Organização Mundial da Saúde), é justamente cozinhando bem os alimentos, garantindo que seu interior esteja quente.
“A campylobacter se espalha facilmente, e bastam algumas bactérias para causar adoecimento”, diz o FSA.
Em geral, essas intoxicações passam depois de alguns dias, mas em determinados grupos – crianças pequenas, idosos e pessoas que sofrem de doenças que prejudicam seu sistema imunológico, como Aids – a infecção pode ser fatal.
Em casos mais raros, pode haver complicações como hepatite, pancreatite (infecção do fígado e do pâncreas, respectivamente) e síndrome de Guillain-Barré, na qual a infecção leva o sistema imunológico a atacar o sistema nervoso, causando paralisias.
“Embora as pessoas tendam a seguir as recomendações para manipular aves, como lavar as mãos depois de encostar na carne crua e cozinhá-la completamente, nossa pesquisa mostra que lavar o frango cru é uma prática comum”, afirmou a presidente do FSA, Catherine Brown.
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“Por isso, fazemos uma advertência para que as pessoas interrompam essa prática. Também queremos criar a consciência quanto aos riscos de se contrair a campylobacter como resultado de uma contaminação cruzada (quanto um alimento infectado contamina outro).”
O FSA lembra que armazenar bem frango cru também é importante: “Cubra o frango e guarde-o na parte inferior da geladeira, para impedir que gotas de seu líquido caiam em outros alimentos, contaminando-os”, diz o órgão.
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Fonte: G1
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