Custo Operacional Efetivo (COE) tem expressiva redução na safra de algodão 2023/24
A produção de algodão vem apresentando resultados promissores na safra 2023/24, com um significativo avanço no rendimento e uma redução expressiva no Custo Operacional Efetivo (COE). Essa boa notícia para o setor é impulsionada, principalmente, pela queda nos custos de produção, reflexo da desvalorização das despesas com macronutrientes. Com esses avanços, os produtores têm a possibilidade de alcançar uma margem favorável, desde que considerem os desafios atuais e futuros do mercado do algodão.
O Custo Operacional Efetivo (COE) do algodão para a safra 2023/24 surpreendeu os produtores ao atingir o valor de R$ 14.608,62/ha em junho de 2023, representando uma queda significativa de 20,82% em comparação com a safra anterior. Esse cenário favorável é fruto de um reajuste de -17,26% no custeio, impulsionado pela desvalorização de 34,10% nos gastos com macronutrientes, o que permitiu aos cotonicultores reduzirem seus custos operacionais.
A redução do COE teve um impacto direto no Ponto de Equilíbrio da safra 2023/24, que diminuiu 20,82% em relação ao ciclo anterior. Para que os produtores mantenham suas margens favoráveis, considerando a mesma produtividade da safra passada, de 121,62 @/ha, será necessário negociar a fibra do algodão a pelo menos R$ 120,12/@. Esse valor permitiria cobrir os custos operacionais e manter a rentabilidade do negócio.
A média ponderada do preço da pluma comercializada até junho de 2023 foi 14,31% maior que o Ponto de Equilíbrio, o que indica uma possível margem de lucro para os produtores. Entretanto, é importante ressaltar que a diferença entre o preço negociado e o PE tem diminuído nos últimos meses devido às quedas nas cotações da fibra. Esse cenário tem levado alguns produtores a adiarem a venda de sua pluma, na esperança de alcançar preços mais favoráveis no futuro.
Colheita em Mato Grosso avança e paridade externa se valoriza
O estado de Mato Grosso, importante região produtora de algodão no país, tem avançado na colheita da safra 2022/23, alcançando 11,32% da área total estimada até a última sexta-feira (21/07). Esse bom desempenho na colheita sinaliza um cenário promissor para a produção de algodão no país.
Além disso, a paridade de dezembro de 2023 apresentou uma valorização de 1,89% em comparação com a semana anterior, atingindo a média de R$ 131,26/@. Esse aumento nos preços da pluma no mercado externo é um fator que pode beneficiar os produtores brasileiros e contribuir para uma maior rentabilidade do setor.
Com o início do beneficiamento do algodão em Mato Grosso, houve um aumento da oferta dos subprodutos, como o caroço. Como consequência, o preço do caroço disponível registrou uma queda de 7,04% na última semana. Esse é um fator que os produtores devem monitorar, já que pode influenciar na gestão de custos e na busca por alternativas de receita.
O cenário atual do setor de algodão no Brasil é positivo, com uma safra 2023/24 que apresenta redução no Custo Operacional Efetivo (COE) e um Ponto de Equilíbrio (PE) mais baixo. A paridade externa e o avanço na colheita também são fatores que trazem otimismo para os produtores.
Os incêndios florestais têm se tornado uma preocupação crescente em todo o mundo, especialmente em regiões suscetíveis à seca. No Estado do Mato Grosso, a atual situação é alarmante, com uma seca histórica atingindo a vegetação, transformando-a em combustível e gerando riscos para o meio ambiente e a vida das comunidades rurais. Para abordar essa questão crítica, contamos com a expertise da Dra. Alessandra Panizi, especialista em direito agroambiental, e do renomado ecólogo, Salatiel Araujo, cuja mestria em ecologia e conservação da biodiversidade inclui o sensoriamento remoto aplicado à análise ambiental.
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