No mercado da soja, preço externo e interno sobem, confira a seguir:
O baixo volume de chuva em regiões produtoras dos Estados Unidos pode prejudicar o desenvolvimento das lavouras de soja. Segundo pesquisadores do Cepea, essa situação vem gerando preocupações entre agentes e impulsionando os valores externos do grão.
No mercado interno, os preços também estão subindo, mas o movimento de alta é limitado pela desvalorização do dólar frente ao Real e pela oferta doméstica elevada. Com expectativas de que as altas externas sejam repassadas ao Brasil nas próximas semanas, vendedores nacionais limitaram as negociações no spot.
No entanto, é importante lembrar que a temporada brasileira 2022/23 está estimada pela Conab em 154,81 milhões de toneladas, 23% superior à da anterior, e que o ritmo de comercialização atual está bem abaixo do verificado em safras anteriores, o que, por sua vez, pode limitar valorizações da oleaginosa, tendo em vista que, em algum momento, haverá maior necessidade de venda.
Na análise da semana anterior, “A liquidez interna, que já estava aquecida nas primeiras semanas de maio, aumentou no encerramento do mês, período em que o dólar operou acima dos R$ 5,00. Esse cenário, somado à valorização externa, incentivou vendedores domésticos a elevarem o volume de soja ofertado. Importadores, por sua vez, foram atraídos também pela taxa cambial e pela queda no prêmio de exportação no Brasil”.
Segundo o Imea, “O ritmo da semeadura de soja para a safra 2023/24 nos EUA é um dos mais adiantados da série histórica. Segundo o USDA, a semeadura de soja nos EUA avançou 4,00 p.p. em relação à semana passada, alcançando 96,00% das áreas. A evolução dos trabalhos a campo está 3,00 p.p. acima do observado no ano passado e 5,00 p.p. ante a média dos últimos cinco anos. Esse cenário é pautado pelas boas condições climáticas observadas na última semana, o que favoreceu o ritmo dos trabalhos a campo”.
Veja a tabela indicativa abaixo:
Por Daniele Balieiro com informações do Cepea
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