Clima atrapalha colheita da soja no Brasil e prejudica lavoura na Argentina
A colheita da soja no Brasil segue em ritmo lento, devido ao elevado volume de chuva em importantes regiões produtoras. Colaboradores consultados pelo Cepea indicam que algumas áreas já foram dessecadas há dias e ainda não puderam ser colhidas, diante das frequentes chuvas. Esse cenário começa a preocupar o sojicultor nacional quanto à possibilidade de haver grão de soja avariado e ardido, o que pode, inclusive, impactar na produção de derivados, sobretudo de óleo.
O Brasil colheu apenas 23% das 152,88 milhões de toneladas previstas para a temporada 2022/23 até o dia 18, abaixo dos 33% colhidos em igual período do ano passado, de acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Já na Argentina, a baixa umidade do solo e as altas temperaturas seguem prejudicando as lavouras. Diante disso, a Bolsa de Cereales reajustou negativamente mais uma vez as estimativas de produção de soja no país vizinho, estimada agora em 33,5 milhões de toneladas, 11,8% inferior à previsão anterior e expressivos 22,6% menos que o volume produzido na safra passada.
De acordo com a análise da semana anterior, “Preços da soja caem, mas baixa oferta no spot limita queda.
A desvalorização do dólar frente ao Real pressionou as cotações da soja no Brasil na semana passada. Pesquisadores do Cepea ressaltam, contudo, que o movimento de queda no preço foi limitado pela pouca disponibilidade interna da oleaginosa”.
Veja a tabela indicativa abaixo:
Por Daniele Balieiro com informações do Cepea
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