O Brasil possui a 2ª maior população de animais de estimação no mundo; os empreendimentos residenciais imobiliários acompanham mudança na estrutura trazendo o Pet Place como prioridade
A expressão ‘pet friendly’ já virou rotina na vida do brasileiro. A frase em inglês significa que o local aceita a entrada e permanência de animais domésticos. O aumento da presença dos bichinhos nos estabelecimentos é um reflexo da importância que eles têm para os seus donos.
Atualmente, o Brasil possui a 2ª maior população de cães, gatos e aves canoras (que cantam) e ornamentais em todo o mundo, com um total de 139,3 milhões de pets, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). Destes, 54,2 milhões são cães e 23,9 milhões são gatos.
Os números são corroborados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que ainda prevê uma tendência de crescimento dessa população, com estimativa de que somente a fatia de cães e gatos no Brasil chegue a 101 milhões de animais até 2030
Atentas a esse aumento crescente de animais de companhia e demandas desse nicho, construtoras também passaram a oferecer em seus projetos os pet places – ou pet play, espaço pet – que, na prática, são áreas exclusivas dos animais de estimação dentro do condomínio.
“Os pets passaram, cada vez mais, a integrar as famílias que moram em apartamentos. Então, nada mais justo que também tenham uma área de lazer para correr, brincar e passear com segurança junto com seus tutores. Agora, não há mais preocupação quanto à possibilidade de espaço e áreas ao ar livre para os bichinhos, como acontece no quintal de uma casa”, explica Emanuelle De Mori Bardeja Gil, gerente da unidade Yticon em Maringá (PR), cidade que já possui quatro empreendimentos com esses espaços monitorados.
Infraestrutura
Idealizado para ser uma espécie de pequena praça, um pet place é uma área especialmente pensada no bem-estar dos animais domésticos, com infraestrutura composta por brinquedos específicos para que os bichanos possam se divertir sozinhos ou com outros animais.
Dentre os itens, estão brinquedos semelhantes aos de parquinho infantil, como gangorras e circuito de atividades. Se der sede, existe um bebedouro à disposição. Tudo é previsto no projeto arquitetônico, com uso de materiais próprios, além, claro, de área verde para contato com a natureza. “Quando vamos lançar um empreendimento, existem itens que não podem deixar de ser listados. Com a mudança de comportamento das pessoas e formatos de famílias ao longo das duas últimas décadas, podemos dizer que esse espaço, hoje, é imprescindível”, comenta a gerente, reforçando que os animais passaram a ser considerados membros da família.
Legislação
Já existem dezenas de decisões legais quanto à presença de animais domésticos em condomínios. Apesar de as construtoras entregarem a estrutura de um pet place, cada condomínio – por meio de um regimento interno, votado pelos próprios moradores, decide como será o funcionamento da área, assim como acontece com piscinas, academias e churrasqueiras.
O regimento é necessário para que existam normas e regulamentos, sobretudo com horário de funcionamento e condutas dos tutores, como limpeza dos dejetos do animal, utilização de guia e coleira, além de controle na interação com outros animais presentes. “São pequenas atitudes que permitem uma convivência harmoniosa num espaço de uso coletivo.”
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