Custo de produção do boi deverá permanecer alto durante este ano
Os custos de produção da pecuária de corte nacional apresentaram em 2022 movimentos distintos dentre as fazendas típicas que representam o sistema de cria e as de recria-engorda, com aumento de 10,15% para o primeiro caso e queda de 12,56% para o segundo, conforme pesquisas realizadas pelo Cepea em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).
O fator determinante para esse resultado foi a desvalorização do bezerro, que é o principal insumo do pecuarista que trabalha com a recria-engorda. Já os demais insumos utilizados na produção do gado de corte de ambos os sistemas registraram valorização significativa ao longo de 2022.
Pesquisadores do Cepea ressaltam que, por enquanto, o cenário no mercado do boi que se desenha para 2023 é de incremento nos custos de produção, sobretudo por conta do dólar ainda alto, que mantém encarecidos os insumos importados, e ao contexto externo, como a guerra na Ucrânia e a possibilidade de recessão global.
De acordo com análise da semana anterior, “Exportações do mercado do boi somam quase 2 milhões de toneladas. O Brasil escoou ao mercado externo volume recorde de carne bovina in natura em 2022. Além da aquecida demanda chinesa, os embarques nacionais foram favorecidos pelo câmbio em alto patamar – com média acima de R$ 5/dólar na maior parte do ano –, que manteve elevada a competitividade da proteína”.
De acordo com o Indea, em 2022 Mato Grosso registrou incremento de 5,85% no número de bovinos abatidos ante a 2021, registrando recorde nas exportações de carne bovina. No acumulado de 2022, foi alcançado o total de 4,98 milhões de cabeças abatidas (+5,85% no comparativo anual), o que inverteu o cenário de redução no total de animais (boi) abatidos dos últimos anos.
Veja a tabela indicadora abaixo:
Por Daniele Balieiro com informações do Cepea
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